quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Wine Country Part 2 - Vinho e esporte

Na Wine Spectator de Junho saiu uma matéria sobre um casal que dedicou um dia inteiro no wine country para um tour chamado "velo vino", que nada mais é que um dia inteiro de bike com o propósito de desbravar vinícolas de uma forma mais saudável, e proporcionando vistas e cheiros que de carro, perderíamos. A matéria indicava um tour em particular, mas já sabíamos que na área encontraríamos mais de um.

E aí partimos para o nosso bike and wine day.

Escolhemos um self guided tour, que é feito com base em algumas rotas pré-determinadas, que podem ser escolhidas a gosto do freguês considerando as vinícolas e/ou a dificuldade da rota.

Fomos pela Rutherford route, passando pela Silver Oak, Rubicon, Mumm, Rutherford Hills, etc. Este também foi o caminho escolhido considerando o St Helena Olive Oil Co e a ladeirinha da Rutherford...




 Mamãe e eu preparadas para começar o dia




 Exibindo a rota escolhida: o mapa é o mesmo, só as cores mudam. Desta forma, se decidir mudar de idéia no meio do percurso é totalmente possível...


 Uma das nossas melhores paradas: Silver Oak. O Cabernet Sauvignon deles é divino, mas essa salinha de leitura e degustão... deli!


Paradinha básica pra água: a empresa de tour de bicicletas oferece com o pacote
- água (e a garrafinha), 
-bicicletas com bolsinhos (que mais são bolsões pois cabe dos dinheirinhos e  identificação ao celular, GPS...),
-carro suporte (para levar as compras - basta ligar pra eles ou se comunicar durante o almoço picninc e avisar em quais vinícolas/lojas estão suas compras),
-almoço (sanduíches de uma delicatessen local com várias opções e com salada, fruta de sobremesa e para beber: vino!);
-os mapas com descontos para a maior parte das vinícolas...
(e se vc escolher um tour com guia, obviamente, guia e carro de apoio privado... tá bom né?!)


 Eu nunca tinha visto uva assim no pé... nessa quantidade então... nem se fala!
(Nós experimentamos algumas e não são assim tão azedas... não compraria no supermercado,, mas não é terrível).


 Paradinha no St. Helena Olive Oil Co.: tudo organizadinho, com essas garrafinhas e tags "caseiros", os potinhos para o tasting, as diferentes opções de sabores... além de azeite, eles oferecem vários produtos de lavanda, vinagre balsâmico e algumas ervas... A loja é um sonho.


 E a pausa pro almoço: antes de sair da "base" eles te avisam em qual vinícola e mais ou menos que horas sua "cesta" vai estar por lá... E é mesmo uma cestinha, linda, com seu almoço personalizado. Detalhe: estávamos acabados depois de uma subida teeeeeensa para chegar no alto da colina onde nosso almoço estava nos esperando...


De sobremesa, pedalamos para Mumm onde fica esse visual e um espumante bem famoso por aqui... Só para ter uma idéia: esse foi um dia de 8 horas de pedal e vinho. Encara?

domingo, 25 de setembro de 2011

Wine country Part 1 - Vinho, vinho, vinho

Estou de volta e muito feliz de estar em casa: viagens são deliciosas, mas sentir o cheiro da minha casa, dormir na minha cama... não tem preço.


Dividi os diários de bordo em vários posts, já que o assunto é infinito...


VINHO, VINHO, VINHO


Quando falamos em visitar o Wine Country americano o primeiro nome de lugar é sempre Napa Valley. Mas a região de Napa é mais ou menos como Toscana: uma região, com várias áreas e cidades com personalidade e produtos diferentes.


Nós ficamos em Santa Rosa, que fica um pouco mais ao norte e uns 20 a 30 minutos de carro das zonas de vinícolas. Nós dividimos nossos 4 dias com base no que gostaríamos de ver e fazer, levando em consideração que temos um sommelier em casa... e para não termos uma overdose de enoassuntos buscamos fazer atividades combinadas: esporte e vinho, compras e vinho, natureza e vinho, etc...


Nossos primeiro dia oficial foi de viagem entre San Francisco e Santa Rosa. São mais ou menos 1 hora e meia de distância via Golden Gate (claro, né?!) e a estrada é bem tranquila e bonita, já que os vinhedos são vistos a partir de 15 minutos depois de cruzar a ponte. A sensação também é de que a temperatura aumenta um pouquinho, eu diria pelo menos uns 5 graus C...


Reservamos um dia inteiro para Sonoma (cidade), e duas vinícolas em especial: Rodney Strong e Copain. Não vou gastar blog sobre os vinhos, para isso visitem o do Con que ele com certeza vai dar todas as dicas... Quero mesmo falar que ainda que você não beba uma gota de álcool, vale a pena visitar. Dessas duas, especialmente a Copain, que é uma bem menorzinha, mas com uma vista para o campo, do alto de uma colina, que é indescritível... Além do mais, eles servem uma pizza feita na pedra, outdoors, que é maravilhosa, tudo com produtos orgânicos e frescos...


Assim fica fácil... Na Rodney Strong eles colocam essas plaquinhas pra gente saber que tipo de uva está plantada na área... Olha que lindinhas essas Cabernet Franc!


Enquanto você faz a degustação dos vinhos (uma média de USD10.00 de 3 a 7 vinhos, depende da vinícola) - placas indicam um self guided tour pela vinícola... Outro detalhe legal é que a maioria das vinícolas permitem que você divida a degustação com alguém, e aplicam o valor da degustação em desconto caso você compre alguma coisa --- ah capitalismo...


Na Copain... entenderam?


Achei os rótulos incríveis... Nossa compra foi o P2: uma edição limitada blend de Pinot Noir e Pinot Grigio... Um tinto bem verão, bom pra quem mora na Florida...


À tarde, fomos para o "centro" da cidade, visitar umas vinícolas mais populares e conhecer um pouco mais da área urbana, onde ficam vários wine shops e restaurantes muito bem comentados...


Look who the cat brought in!




Nós resolvemos jantar no La Salette, um restaurante português... Esse foi um dos lugares que havíamos planejado ir, mas sinceramente é difícil escolher, uma vez na área, porque é uma cornucópia de cheiros e sabores, e coisas que parecem deliciosas...




...e após 3 anos, me deliciei com um caldo verde versão original... o bacalhau também estava divino... (sem fotos do momento... a fome estava INTENSA!)


Uma vinícola que achei meio perda de tempo foi a Sebastiani.  A Gunlach Bunshu é bem legal, e estavam arrumando para um casamento... nada mal casar num cenário assim, não?!
Área externa arrumada para o casório ---- detalhe da arrumação de tulipas amarelas e laranjas (!!!) ---- um revival pra quem não lembra:



ADOROOOO!!!

O nosso "guia" do tasting nos servia e para fazer uma graça rolava as taças cheias no balcão curvo, e obviamente, foi o show a parte...

Esse foi o único dia que fizemos 4 vinícolas... uma boa média para o total de dia que ficamos, já que não existem só vinhos e vinhos e vinhos na área... existem outros tesouros e delícias que muitas pessoas neeeeeem imaginam... cenas dos próximos capítulos!











sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Californiando...



Ainda estamos por aqui, volto para Orlandia domingo... Mas tenho tantos comentarios, tantos acontecimentos, tantas ideias para narrar que nao estou conseguindo esperar o retorno para contar que:

- o wine country eh ainda mais fenomenal do que se ouve falar... Nao sei se foi a epoca + roteiro certos, mas estou ateh agora de queixo caido...

- alias tenho que admitir que entre mar e montanha, acho que ando preferindo montanha...

- San Francisco esta me surpreendendo tanto, em tantos aspectos, que ja aviso: serao looongos posts para narrar as delicias e aventuras...

- encontrar amigos de infancia: nao tem preco!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ah ferramentas econômicas que levam ao consumo exagerado...

Para o meu aniversário que se aproxima (domingo, minha gente!), eu colecionei todos os bday discounts possíveis e imagináveis. Ah sim: não contei que praticamente todas as lojas daqui enviam ó-ti-mos descontos durante todo o mês do seu aniversário????


Descontinho da Anthropoligie: detalhe para o envelopinho de tecido, com botãozinho de estrelinha (o presente é para virginianas, hello?!)



E da Ann Taylor/Loft...


E da Victoria's Secret...

 1 ponto pro capitalismo.

Na sequência, e pra alegria do planeta, esses descontos podem ser combinados com quaisquer outros, ou seja: é muito possível entrar numa loja, e conseguir qualquer coisa na promoção, aplicar o extra-birthday-special discount e sair feliz, feliz com vários mimos novos...


 Entederam?
 Mais 1 ponto pro capitalismo.


Acima de tudo, e mais importante, várias marcas/empresas vão mais além e oferecem presentinhos mesmo... de graça! Basta entrar na loja (2 pontos pro capitalimo) e levar seu presente!


De graça? Mais 3 pontos!!!



Agora vem a melhor parte (que muitos já devem ter concluído): depois de tanto bater perna, correndo atrás de descontos, e pegando presentinhos, quem é que acha mesmo que eu não gastei nada mais além do que os descontos permitiam?







5 pontos pro capitalismo!

Nenhuma zebra nesse resultado: 10 x 0.

O lance é que eu muito provavelmente não teria ido no meio de setembro comprar roupas, acessórios, perfumes, etc em quantidade, já que estamos numa transição de estações, e pra vc leitor que entende de moda, sabe que ou as coleções novas (no meu caso, de inverno) estão só esperando a fashion week (de verão, go figure) pra sair, ou as de outono já foram lançadas... E não há nenhuma ótima desculpa (como um feriado nacional) para grandes sales... Logo, ponto pras empresas que pensam nisso, fidelizam o cliente e insistem que ele compareça a sua loja pelo menos uma vez por mês. Bonito né? Tudo bem que é uma conclusão óbvia, mas é genial... E viva todo mundo que acha que sai ganhando com isso!!!

domingo, 11 de setembro de 2011

All we need is love

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Acredito que muitas pessoas estão hoje ao redor do mundo com um nó na garganta por causa do ocorrido 10 anos atrás. Obviamente aqui nos EUA isso é ainda mais evidente com a mídia exibindo cada minuto do evento que está acontencendo em NYC e outras áreas onde os ataques ocorreram.

Eu fico ainda mais triste ao pensar nas razões que levaram aos ataques... mas principalmente uma me desequilibra: o ódio.

Não passa pela minha mente, ou pelo meu coração, um sentimento negativo assim tão forte, que leve alguém a achar que é justificável, plausível ou natural, tirar vidas inocentes tão brutalmente.

Aparentemente essa é a natureza da guerra. E mesmo achando as palavras para definir (ah tá, isso então foi um ato de guerra, uma consequência da guerra, perdas de guerra) pra mim isso é a natureza do horror... e essa é uma explicação que eu preferiria jamais ter que encontrar, ou analisar, ou mesmo pensar.

Nós não deveríamos ser preparados pra esse tipo de sensaçao, um mix de medo, de tristeza...

E isso também me vem a mente quando penso na violência no Brasil, e tantas outras crueldades ao redor do mundo.

Enough.

Que hoje seja um dia de reflexão, e que esse nó na garganta sirva para nos desprover da capacidade de decidir por um ato de desamor... May us always choose love.

domingo, 4 de setembro de 2011

Oh South Florida .. Parte 2: Key West


Key West é uma ilha mega comentada no turismo já que tem taaaaanta coisa pra fazer em tão pouco espaço.

É a cidade mais ao sul dos Estados Unidos, localizada a 90 milhas de Cuba, com muitas influências daquele país e também Bahamas (os conchs), com tanta história pra contar que não cabe aqui...

Eu vou pular a parte que eu acho que a maioria já sabe pra dizer que:

- Florida Keys são essas ilhotas do mapa ligadas por aquelas pontes lindas, mas que não são "ilhas normais" já que não são formadas por rochas e pedras como nós normalmente conhecemos, mas por plantas (tipo as nossas dos mangues) que conseguem filtrar a água salgada (e por isso nascer, crescer e se desenvolver no mar). Essas plantas em muitos milhões de ano foram criando condições para outro tipo de flora e também fauna se desenvolver. Como o tempo, pequenas praias e fontes de água doce foram se formando no meio do mar, e voilá! Assim nasceram os Keys!


Essa é a mangrove tree - árvore mãe dessa área linda!



Nessa foto dá pra ver bem os nós na madeira das árvores que são resultado do sal acumulado nelas... Belo filtro!


- Por isso, quando os furacões passam o negócio fica feio pra Key West: não tem muito solo dali pra baixo - é mar e uma areiazinha e that's it! Isso também gerou um fato curioso: quando os cubanos e outros povos hispanos chegavam na ilha era normal, depois de tempestades ou marés altas, crânios e outros ossos do corpo humano irem parar no quintal de casa, ou no portão da frente. Isso porque, como a ilha não tem muito "chão" as covas era rasas, e qualquer ventinho mais forte desenterrava os mortos. Por isso a ilha há muitos anos e até hoje também é conhecida como "Cayo Hueso"...


A casa mais ao sul dos EUA se chama... "Cayo Hueso"!!!


- Con e eu resolvemos fazer alguns passeios além dos básicos. Um deles foi um tour fantasmagórico que, pra quem não quer sair fazendo um pub crawl, é uma bela pedida pra noite! Um pouco de história + bom humor + alguns sustinhos...


Yes! We are the doomed! - grito de guerra quando o nosso bondinho passava e as pessoas gritavam Búúúúú... ou qualquer outra coisa... FUNNY!

- Outro programa que vale a pena, inclusive pra first timers é o mergulho de canudo com passeio de kayak. Lots of fun! Nós prefirimos a opção do veleiro (menos gente: o catamaran é para até 50 pessoas - o veleiro no máximo 20). O passeio inclui equipamento, café da manhã, lanchinho e bebidas (inclusive cerveja e vinho - !!!). Nós escolhemos a opção de meio dia (9:00 as 14:00). Mas tem dia inteiro também... detalhe: foi no passeio de kayak que aprendemos sobre a vegetação "in loco". E também vimos nada mais nada menos que uma águia americana, pousada e em vôo, de um mini-key para outro...


Vista do veleiro para Key West


Indecente a cor desse mar...

- nós nos hospedamos no Ocean Key Resort, que fica no Duval Street número 0... Então já viu né?! É "o" ponto. Vale a pena pagar um pouquinho a mais e ficar nessa área. Assim não é preciso de carro para nada, dá pra ir pra cima, pra baixo, pros lados, a pé (não recomendo havaianas porque o calor é intenso e os pezinhos ficam sensíveis...). Ali também é onde fica o Sunset Pier, o Westin e os barzinhos à beira-mar...


Vista do nosso quarto

A salinha da suíte - Ocean Key Boutique Suite... did I mention that I love my job?!


O quarto!



- eu já escrevi aqui sobre uma doceria em Orlando que nós adoramos, mas achamos a competição adequada: Better then sex. Melhores sobremesas que já comi na América (as do Brasil são e serão sempre imbatíveis!). Mas o cardápio é cheio de duplo-sentido, o climinha é bem sassy, mas ainda assim family friendly, e pra quem quer acalmar do burburinho dos bares e restaurantes, e ainda assim, tomar um bom vinho, fica a dica. Aliás acho que as top activities são essas duas: mergulho e sobremesa!!!


Better eu não sei, mas a briga pelo empate é boa!

Voltando ao que vcs já sabem: não é uma cidade barata. E apesar de ter vôos diretos, eu recomendo ir de carro e ir parando em alguns outros keys como Duck Key, e visitar o Hawk Cay Resort, Islamorada e almoçar no Cheeca Lodge, Key Largo e se der tempo, um mergulhinho por lá, e obviamente na Seven Mile bridge. Uma delícia de passeio totalmente possível em duas a três noites.