terça-feira, 24 de abril de 2012

Cadê minha revista?

Eu assino revistas desde que aprendi a ler: primeiro os gibis da turma da Mônica, depois Capricho, depois Nova, então Bons Fluídos, e Veja. Por algum tempo, Valor Econômico. Isso sem citar as revistas especializadas de Direito. Sempre tive um padrão concreto pra esse tipo de leitura.
Ah saudade...



Quando me mudei pros EUA, pensei em manter mais ou menos os mesmos costumes, e sempre comprava a Cosmopolitan (Nova), a Real Simple (Bons Fluídos), algumas de fofoca, algumas de moda. Tenho que dizer: a Cosmopolitan é a decepção da década: se vc é casada, esqueça. Não há nada de interessante. Eles querem fazer essas matérias aventureiras de "como enlouquecer um homem usando apenas um palito de fósforo", ou "como sobreviver num ambiente de trabalho onde todos os seus colegas insistem em usar camisa azul pelo menos uma vez por semana". Não dá. Combinado?

O manual da futilidade. Confesso: as vezes que quero. Mas NUNCA todo mês!



A Real Simple é voltada pro público de mais de 40 anos, diria até, mais de 50. São pessoas que de uma forma ou de outra construíram uma família, sofreram os perrengues da vida, estão em outra e agora dando lições. Muito bonito. Mas esse ano eu faço 30. E não tenho (nem pretendo ter) filhos. Um gap complicado.

Nesse mês dicas de limpeza



Mês que vem mais dicas de limpeza


E no próximo? Limpeza, é claro!




Eu também assino a Instyle: uma revista que tem 230 páginas praticamente todo mês. Se 20 são matérias é porque a edição está inspirada. O resto é SÓ publicidade. Tudo bem que são propagandas boas, páginas perfumadas, ofertas, mas mesmo assim, não cobre o quesito "leitura". E sinceramente, se eu quero saber sobre moda eu compro a Vogue.

I heart Vogue



Outra que também chega mensalmente é a Elle. A Elle é a revista feminina que escapa de raspão, mas mesmo assim ainda não me satisfaz. Falta consistência, appeal, é sempre aquela revista meio monótona, nada realmente interessa, parece uma Caras dos circuitos de NYC, LA, passando de vez em quando por alguma outra cidade... Muito "produzida".

(E agora vc se pergunta: por que razão distorcida Dani assina tantas revistas que ela NÃO gosta? Bem, faz parte de promoções de cartão de crédito ou de lojas - e eu acabo pagando, $30 a $50USD por ano e recebo todo mês... não é assim tããããooo absurdo).

Dito isso: tudo lixo.

Há 2 anos dei de presente de aniversário pro meu marido a assinatura da Wine Spectator. Há 1 ano renovamos e como parte da promoção de renovação ganhamos a Food and Wine. E eles ainda davam um descontasso pra Travel and Leisure Magazine.



As 3 revistas citadas acima são excepcionais, fora de série. Não tenho nem meia reclamação a fazer: as matérias são interessantes, as dicas úteis, típicas revistas que vc lê de cabo a rabo.



O problema é o tema: obviamente, uma só fala de vinhos e bebidas alcóolicas (de vez em quando cafés e charutos também). A outra fala só de comida (ah alma gorda!). E a terceira só fala de viagem.



São temas que adoro ler, desbravar e investigar.

Mas a pergunta que não cala: o que lê uma mulher casada sem filhos na faixa dos 30? Cadê minha revista?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Decorando com PB

Desde que postei sobre a Crate and Barrel estou com uma coceirinha para falar da Pottery Barn. Mas eu não gosto de ficar falando o tempo todo sobre uma coisa só, então tentei esperar o máximo que pude. Até receber o catálogo verão 2012.
Eu não sei o que dizer, a não ser perfeito.

O catálogo vem com os lançamentos, e eu até gostaria de falar deles aqui, mas o melhor mesmo seria introduzir a loja e dar uma idéia geral, e mais pra frente entrar em detalhes...

A Pottery Barn é originária de Manhattan e abriu as portas em 1949 com a idéia de que decoração pra casa deveria ser muito comfortável mas também de alta qualidade e com identidade. Desta forma os designers da loja focam em estilos americanos de vanguarda, que deram certo, mas com a tecnologia de hoje.

O melhor jeito de deixar clara a ideologia da marca é entender que eles não oferecem peças: eles oferecem conceitos.

Fiz uma seleção dos meus "conceitos" favoritos abaixo, recomendo já começarem a economizar e pensar em containers pra transportar coisas pro Brasil porque é tudo isso e mais um pouco:




Essa não é uma mesa. É uma bancada. Igual a que todos nós temos na pia, ou num buffet, ou num cantinho de café da manhã. Mas com as coisas certas, com as funções certas, não fica o máximo? Parece que é tudo tão simples e acessível! Parece que chegamos na casa de alguém que a gente tem intimidade suficiente pra abrir a geladeira...






Até quem não gosta de comida mexicana ia gostar de se servir nessa mesa! O pitcher com a marguerita é lindo, mas tem mais:

Já pode começar a amassar abacate???





Aqui em casa nós estamos virando mestres dos jantares al fresco... Sempre tem um queijinho e um vinhozinho dando sopa. Mas se alguém me perguntar qual é a grande estrela, quem faz meu coração (e estômago) falar mais alto são aqueles "lanchinhos" espontâneos de fim de tarde (levem em consideração que aqui só escurece as 8 da noite) REGADOS A AZEITE...
E detalhe no recipiente da foto que lindo! Até o azeite mais xumbrega ficaria ótimo aí dentro...


E por que não um "azeites e vinhos"???







Outra ótima opção outdoor: brunch. Quer melhor desculpa pra já começar a beber desde cedo???
Mas o que eu gosto mesmo é fazer um parfait bar: colocar iogurtes, granola, frutas, mel, e cada um faz o seu próprio parfait!


(mais ou menos assim - mas olha a diferença da "crasse" das coisas da Pottery Barn e desses reles potinhos mortais...)






E o bom e velho churrasco? Não fica mais charmosinho?


Se não gostar da opção anterior, tem essa aqui também...




E se tiver uma piscina por perto e quiser fazer uma área de peticos, ou vegetariana, ou simplesmente outro tipo de festa, que tal essa tropicalidade?! Tudo bem que pratinho de folha é meio exagero, mas...

...ele PERTENCE a essa decoração!

Até um flan bobinho de caixinha fica lindo e exótico nesse meio!





Bom, esse foi só um 'taste' do que é essa loja... Eu quero mostrar mais os móveis também que são muito lindos e funcionais... mas não dá pra exaurir todas as belezuras num post só... então quem quiser por conta própria saber mais, clica aqui.



domingo, 15 de abril de 2012

Bikini USA

Eis que chegou o tão esperado dia de comprar meu primeiro biquini nos EUA. Vamos todos lembrar rapidamente que tem 3 anos que eu não compro biquinis, já que a 3 anos não vou ao Brasil.
Resistência é um understatement: fiquei esse tempo todo só com os biquinis que eu já tinha (alguns novinhos, outros favoritos usados, um que acho que nunca vou jogar fora)...

Mas o material do biquini vai "morrendo" com o uso, e a cor vai embora, e a graça meio que também (menos do favorito - olha o dito cujo abaixo):




(E aqui de novo)


Enfim, agora sem saída, tive que começar a considerar a hipótese. E aos meus amigos vindouros, que me ofereceram mil vezes se eu queria alguma coisa do Brasa: sorry, mas biquini não dá pra comprar sem provar. Tem que ver como fica no popozão!

Foi então que num momento glorioso recebi um catálogo da Victoria's Secrets com todos os biquinis da nova coleção, e comecei a ver tudo com outros olhos. Acabei comprando um da VS e um da Billabong. Segue abaixo alguns dos modelos favoritos - experimentei praticamente todos, pequenas diferenças de estampas e cores . Será que vcs gostariam de algum desses também?

Apesar de achar lindo, eu não tenho esses airbags... Logo tive que descartar esse modelo de sutiã.






Clássico triângulo.
Dispenso esses efeitos de cortina na lateral, mas  esse modelo caiu como uma luva.
Mas não me apaixonei pela estampa...




Meu sonho é um dia poder usar esse tomara-que-caia...





Eu tenho uma tendência com biquini branco. Já tive vários, it doesn't get old.
Mas desta vez tentei fazer uma comibinação parecida com essa, mas ao invés do branco, fiquei com um azul marinho (calcinha) e azul claro, marinho e branco (sutiã).




Eu gosto muito desse modelo de calcinha, mas por alguma razão não vestiu muito bem...
Acho que diferente dos que amarram, apesar de ter a lateral fininha, esse daí  não é ajustável. Ficou meio que faltando atrás, e a frente meio caidinha... Mas pros bumbumzinhos pequenininhos de plantão, fica a dica.



E esse foi o único da Billabong que eu realmente gostei. Adoro essa coisa meio tribal.
E ele tem bojo! Viva!


domingo, 8 de abril de 2012

Celebrate we (always) will...

Sexta-feira fui promovida. Estou mega-feliz, um pouco ansiosa com as novas possibilidades, mas satisfeita com o reconhecimento. Eu ralo, de verdade, e sei exatamente onde e quando posso fazer melhor - esse não é meu primeiro emprego na vida -, e depois de um tempo no "mercado" a gente aprende a entender o que é esperado de nós, de acordo com o contexto de cada empresa.
Eu entrei no emprego atual há pouco mais de um ano, e prometi pra mim mesma que tudo que eu fizesse seria a melhor, mas sem me sacrificar para tal. Manteria minha vida calmamente. Isso não significa que eu não iria me esforçar: enquanto no trabalho sou 110% trabalho. Mas depois, see ya bye.

Com essa postura conquistei espaço, respeito e as pessoas me acham extremamente polida e centrada(aham). Mesmo que isso não seja totalmente verdade eu descobri que nesse meio o que importa é a imagem que as pessoas tem de vc, não quem vc é. Eu sei que isso pode parecer meio duas caras, mas é a verdade. Ninguém no trabalho precisa saber que eu sou uma cachaceira de plantão, que tenho um blog, que danço na boquinha da garrafa, que toco bateria... O que elas precisam saber é que se o problema cair na minha mão eu vou resolver. Nada mais, nada menos.

E eu não quero com isso tirar uma de superior nem nada, e obviamente eu tb tenho amigos no trabalho que sabem coisas da minha vida pessoal, e eu sinceramente me importo com a vida pessoal alheia (sem me meter, mas sem se fria). Mas daí pra trazer pra casa, ou levar de casa pro trabalho, outros 500. As vezes faço do meu ouvido um meio pinico, pq é melhor ouvir do que falar. Sempre.

Como o blog é meu lugar de falar, quero dizer que estou feliz pra caralh*, que acho que as coisas vão ficar cada vez melhores, vou manter minha postura e vou pra galeeeera!

(e enquanto isso numa cachaçada comemorativa):

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cuidando do bebê...

Desde que nos mudamos pra cá, uma vez por ano a Duquesa faz limpeza nos dentes. Para tal procedimento, ela precisa ser completamente sedada (não é que dá pra pedir pro cachorro falar AAAAHH e ficar com a boca aberta por 40 minutos). Já fizemos esse procedimento antes, mas é estressante porque é um baque na bichinha...
Por outro lado, o hospital que a levamos parece um hospital pediátrico: cheio de enfermeiras carinhosas, quadros com bichinhos, "treats" nos consultórios... é até meio bizarro (quem não tem um pet talvez não entenda muito bem, e que eu tenho e AMO acho que são esses detalhezinhos espeeciais que fazem a diferença).

Hoje a deixei cedinho lá e fiquei de pegá-la as 5 da tarde.

No check in, colocaram um tag nela (igual colocam em gente quando damos entrada no hospital):



Depois que a deixei, uma enfermeira me acompanhou até a porta conversando sobre "o que esperar pós-cirurgia".

Mais ou menos ao meio-dia, me ligaram pra falar que estava tudo certo, que eles já tinham acabado e que ela estava em repouso.

Quando cheguei pra buscá-la, as enfermeiras me orientaram com relação aos medicamentos, informando as dosagens, e me deram informações gerais sobre o estado dela.



Depois chamaram a médica veterinária (brasileira) e ela me explicou sobre a condição dos dentinhos e o estado de saúde em geral. Assinei uns papéis e me trouxeram a Duca - toda grogue.



Detalhe no curativo de onde estava o soro



Agora ela tá aqui, dormindo na minha cama, e eu pensando como explicar esse amor tão louco por um bichinho, todo esse cuidado, e trabalho, e dinheiro, com um animal. E eu sei que muita gente não compartilha esse mesmo sentimento, e eu tenho os pés totalmente no chão sobre o fato de que eu vou outlive her (como se diz outlive em português? - bom, viver mais que ela), mas os momentos que temos juntas são incríveis. É uma forma simples de explicar o que é felicidade.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Red Hot Chili Peppers: Uma experiência

Eu já fui a alguns shows por aqui, e tb na Europa, e obviamente no Brasil. Sempre gostei da sensação meio baguncinha de shows, uma coisa meio misturada. Aqui nos EUA não é bem assim, é tudo um pouco mais organizado mas ainda naquele estilo "fairgrounds" (meio festival) ou em estádios.


Até que fomos ao show do Red Hot Chili Peppers neste último fim de semana.

Primeiro de tudo: foi no Amway Arena que é o novo estádio do Orlando Magic (foco na palavra "novo"). Tudo é lindo, cheiroso e limpinho.

Resolvemos chegar uma hora antes pra estacionar no estádio (tava meio querendo chover, cabelo chapado, sabe como é...). Chegamos, tudo super bem sinalizado, fácil acesso. Todo mundo que estava trabalhando deseja "boa noite", "enjoy the show", "have fun"... Mind you, era um show de rock. RHCP não é bem um melzinho na chupeta.

Na sequência, atravessamos a passarela coberta com meninas de cabeça raspada, uma multidão de tatuagens, famílias com adolescentes, casais seniores... Go figure.

Entramos no estádio, e a "segurança" checando ingressos, e fazendo comentários como "rock on!"

Ainda em estado de choque, seguimos adiante, onde uma "hostess" nos indicou como chegar em nossos assentos. Sim onde "sentaríamos". Ninguém ficou sentado durante o show, mas mesmo assim, todos os lugares (até a geral) estavam marcados.


E então nos levaram para um mini-estúdio onde tiraram fotos do nosso rosto, que apareceram no final, nos vários telões, misturada com os rostos deles, enquanto eles tocavam Give it away. Yeah, that good.

O show em si foi alucinante. Eles são mega talentosos, tocaram várias músicas do disco novo (I'm with you) que é DEMAIS (em especial Ethiopia - adoro!).

Foi mais do que só ir ao concert, fun: foi uma experiência, de verdade :)