domingo, 6 de novembro de 2011

A Arma Escarlate


Eu raramente faço comentários sobre livros que ainda não li, mas aqui vou abrir uma exceção, já que conheço a autora :)

Sabe quando lemos/assistimos uma história que poderia ser totalmente vivida no Brasil, mas que 100% do tempo não é? De Sex and the city a Tom Sawyer vários livros me fizeram acreditar que eu estava ali também, fazia parte daquele contexto, vivi os dramas, as dúvidas, e fui levada pelo enredo até a parte que eu não sabia bem onde mesmo ficaria o rio Mississipi... Pois é, sempre chega um momento em que uma neve cai, ou as macieiras estão carregadas, ou acontece qualquer outra coisa que não tem nada a ver com nossa realidade no Brasil. E por mais que consigamos imaginar, dá aquela caída no ritmo, e aquela puxadinha pra tentar entender o pano de fundo, ou a importância daquele fato (o que seriam mesmo os ventos de monções?), e as vezes isso compromete a qualidade do livro.

Aconteceu um pouco disso comigo quando li Harry Potter: achei o livro meio difícil de gostar. Tudo bem que eu já era maiorzinha quando ele foi lançado, e li a tradução em português, duas coisas que comprometem muito a leitura na minha opinião. Mas acima de tudo, o pior foi o fato d'eu não conseguir me relacionar com quase nenhum elemento da história (a não ser a parte fantástica dele ser bruxo - e quem não quer ter super poderes?).

Tendo dito tudo isso esta semana (11/11/11!!!!) será oficialmente lançado o livro da minha prima por adesão (prima do Con, rs), que é um tema tipicamente gringo num contexto brasuca.

A Arma Escarlate é a história de um menino que se descobre bruxo, assim como Harry Potter, só que ele é do... Rio!

Ao invés de ficar explicando maiores detalhes achei melhor deixar a própria Renata contar de onde veio a idéia (e needless to say, ela é fã do Harry Potter). Abaixo o pedacinho de uma entrevista que ela deu:

"Em uma entrevista com J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, um fã norte-americano lhe perguntou se ela algum dia escreveria um livro sobre uma escola de bruxaria nos Estados Unidos. Ela respondeu que não, “… mas fique à vontade para escrever o seu.”
Sentindo-me autorizada pela própria Sra. Rowling, resolvi aceitar o desafio: Como seria uma escola de bruxaria no Brasil? Especificamente para este primeiro livro, como seria uma escola de bruxaria no Rio de Janeiro? Certamente não tão completa, nem tão perfeita, quanto uma escola britânica. Talvez ocorressem algumas falcatruas aqui, outras maracutaias ali… certamente trabalhariam nela alguns professores geniais, porém mal pagos. Com certeza não seria em um castelo. Faltaria verba para tanto. Mas, quem sabe, dentro de uma montanha. Há centenas no Rio de Janeiro. Algumas bem famosas."


A entrevista continua mas esses dois parágrafos explicam muito, não?! Achei a idéia fantástica e o livro promete. Se quiserem mais detalhes cliquem aqui e para comprar a pré-venda já está sendo feito na Saraiva

BOA LEITURA!

Um comentário:

  1. Pois é, Dani, cá estamos nessa boa expectativo, aguardando pra ver como o galera recebe nosso indomável Hugo Escarlate, em uma aventura mista de fantasia e realidade, uma realidade bem brasileira, um morro dominadao pelo tráfico.

    Sim, bem diz você, Dani. Um ambiente bem brasileiro para atrair leitores brasileiros.... será que atrai?

    A praça está invadida por autores estrangeiros falando de lugares, costumes, hábitos estrangeios. Há editoras brasileiras que só publicam obras estangeiras. grandes editoras não adotam jovens autores brasileiros... sentimos isso em nossa peregrinação...

    Queremos crer que Renata vai querbrar esse ciclo... brasileira falando de temas brasileiros.

    Obrigado pela publicação!!!

    Beijo

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Eu conto, tu contas, ele conta...