terça-feira, 31 de março de 2015

Guia completo para jardineiros iniciantes (ou como não matar suas plantas em 2 dias): AZALÉIAS

Eu sempre gostei de ter flores frecas em casa, mas apesar do aroma e da belezura, eu morro de pena quando elas morrem. Eu normalmente nem tiro do vaso – peço pro maridovski tirar, porque eu fico chateada de verdade...

(snif...)

E a verdade é que eu fico num mix de ansiedade e frustração quando as plantas tem que florir, porque, bem, porque eu sou assim.
Até que um dia, casualmente, cruzei com um vasinho cheio de folhas verdes pequenininhas, e fui investigar mais de perto, e descobri que eram azaléias.

Essas folhinhas verdes sao lindas!
E elas podem ser de tantas cores... ate azul!


Tem cores mais basicas tambem... como esse rosa (que acredito ser "rosa cor de flor")

Bom momento para relembrar e ressaltar que sim, estamos falando de um nivel super iniciante de jardinagem, nivel "nao sei diferenciar uma coisa da outra"... Mas vamos la...

Azaleias gostam de um clima mais quente – nada de frios absurdos. Entao na Florida (ou no Brasil), eles se adaptam bem. Elas nao gostam de solo muito molhado (um probleminha aqui na Florida), entao eu deixei uma no vasinho: 



E as outras eu plantei numa area menos irrigada, na entrada da casa. 




Alem disso, se ficarem numa area com menos sol, melhor...


Achei o lugarzinho perfeito!
Uma coisa que acho que é regra numero de jardinagem é a poda: tem que podar todas as plantinhas... É importante para o crescimento continuo, alem de evitar que elas tenham formatos malucos...

Eu tenho e uso esse kit, da linha PINK - parte das vendas vai para estudos sobre cancer de mama

Regar plantas é sempre um mistério: umas tem que ser no pratinho, outras na raiz, outras nas folhas. As azaleis gostam de “tomar banho” entao eu molho de cima pra baixo (normalmente ficam aquelas gotinhas lindas nas folhinhas)... E tambem tento faze-lo de manhã, porque aqui é muito humido, e pode dar mofo na coitada...


Drama-free


Enfim, nao parecem muitas regras (ou dicas) mas sao pequenas coisinhas essenciais, e vejam:

Elas forescem lindo!


E dao aquela vida pro ambiente (sem a despressao pós-morte das flores... )

terça-feira, 24 de março de 2015

Bern's Steakhouse - Tampa, FL

Estou “cozinhando” um post sobre minha ida ao Brasil, enquanto isso, preciso escrever sobre o Bern’s Steakhouse em Tampa, FL.

Dessa casinha ai que quero falar...

Vamos começar falando que Tampa é uma das cidades mais legais aqui da Florida e ninguem da muita bola, porque... porque... nao sei bem por que, mas sei que ninguem fala de Tampa como falam de Miami ou Orlando. La tem o Busch Gardens, e é isso que as pessoas “de fora” da Florida parecem conhecer... 


Tampa, sua linda...

Eu vou escrever sobre o que mais tem por la, mas hoje, agora, nesse momento, PRECISO escrever sobre o Bern’s Steakhouse.



Isso esta escondido dentro daquela casinha branquinha, meio sem graca... 


Como um bom steakhouse americano, eles oferecem os cortes “tradicionais”: Filet Mignon, New York Strip Steak, Rib Eye, T-Bone, etc.

New York Strip Steak - meu corte "americano" preferido

T-bone: tem uma cara otima, mas nunca me aventurei... Olha o tamanho!!!



Tambem, como tradicionalmente se faz por aqui, eles nao super-temperam a carne: voce tem a opção de acrescentar molhos, mas normalmente, a carne vem grelhada, com sal, pimenta, e as vezes, um temperinho com alho (normalmente uma manteiga ou azeite com alho).
Uma coisa que eu achei bacana é que todos os cortes ja vem com acompanhamentos: na maioria desses restaurantes definidos como “fine dining”, você acaba pagando $15USD além do preço do seu “prato” para comer uma batatinha frita ou uns vegetais no vapor... É o que normalmente se faz por aqui, apesar de meio absurdo, é o “normal”. Bom, o Bern’s inclui tudo: sopa, salada, e acompanhamentos (melhor “green beans” que ja comi na vida!). Tudo muito delicioso, e a carne, D-I-V-I-N-A!

Estamos falando de barba-cabelo-bigode minha gente!

Vinhos, assim como sobremesas, sao capitulos a parte... 

Vamos começar pelo vinho: eles tem uma carta de vinhos de umas 80 paginas, com 6.500 rótulos, 100 mil vinhos a qualquer tempo, na adega deles...

Oi?
E detalhe: os preços começam em 20 e poucos dolares por garrafa e vai até... bem, nao sei até onde vai, mas tem um vinho do porto de 1800 e alguma coisa, que uma tacinha custa 20 mil dolares... Então tem pra todo mundo!

Reconhecem a belezura analisando o cardapio?


Uma vez terminada a refeição principal, voce pode pedir um tour do restaurante, que inclui acesso a cozinha, que tem 80 pessoas trabalhando toda noite (só na cozinha!!!), aos diversos salões de jantar, e claro, a adega.

Mais um cliquezinho vai...

Quando voce termina sua refeição, eles oferecem a sobremesa. Caso voce aceite, eles fazem uma reserva (!!!) para o salão de sobremesas (!!!), que fica no segundo andar. La, eles te colocam numas cabines, grandes suficientes somente para o numero de pessoas jantando com voce (2, 4, 6, etc), e la dentro voce escolhe que tipo de musica quer ouvir, tem luzinha para chamar o garçon, e um telefone para falar com outras cabines... O menu de sobremesas tem umas 60 opções (me deu vontade de chorar), incluindo opções sem açucar... E mais uma carta de vinhos e licores, porque os 6.500 la de baixo obviamente nao sao suficientes...






E gente, sabe o que mais: o preço nao é absurdo! Achei que ia sair de la endividada pelos proximos meses, ja estava ate cancelando as férias, e foi super relax (considerando TUDO que eu narrei).

Enfim, fica a dica J

segunda-feira, 16 de março de 2015

Aviso: a dieta do Mediterraneo não é uma dieta

Achei melhor começar assim pra deixar bem claro que se o seu objetivo é perder muito peso, rápido, sem exercícios físicos, e comendo galaktobureko como se não houvesse amanhã, esse post não é para você. Mas deixo aqui uma foto e um link pra receita de galaktobureko, um dos melhore doces que já comi na vida:



Tenho lido muitos artigos sobre a “Mediterranean Diet” e seus incríveis benefícios. A base da dieta é composta de frutas, vegetais e peixes, tudo fresquinho, nozes, grãos integrais e vagens, azeite - o “rei” da festa - e, preparados para o grand finale? VINHO!


Como expliquei no início, essa não é uma dieta milagrosa para perder medidas, mas é extremamente benéfica a saúde, e seus efeitos tem vida longa – é uma das dietas recomendadas para evitar cancer, Alzheimer, doenças do coração...


Pense numa imagem da Grécia. Fora os deuses gregos, as águas azuis contrastando com a paisagem, e os monumentos históricos, sabe qual é uma cena fácil de adicionar ao cenário? Uma tiazinha sentada na porta de casa, com aqueles trajes típicos, catando vagem.


Essa é uma imagem importante porque os gregos, assim como a maioria dos europeus, tratam a alimentação de uma forma completamente diferente da nossa: o conceito de fast food não cola muito por aquelas bandas. Lá, não se come só por comer: as pessoas encontram um prazer na comida que vai além do “encher a pança”, e a preocupação com a saúde é tema de domínio comum. Como consequência, a vitalidade e o envelhecimento saudável são realidades corriqueiras. Lá, todo mundo é highlander e vive pra sempre. Lá, não comem por esporte...

(a ESPN oferece cobertura integral dessa nojeira)

O fato é que eles aprenderam a dividir e balancear os grupos alimentares como ninguém,  e o segredo de tudo nessa vida está no equilíbrio...  Logo, uma das premissas dessa dieta é um cardápio diversificado, sem muitos “nãos”, mas com comedimento. Por isso digo que essa não é uma dieta para emagrecer, apesar do que, sim, ela também emagrece. Mas só no começo... Uma vez adaptado, acho que o corpo estagna num ponto em que somente o corte da quantidade ingerida resolveria...


Toda vez que quero perder peso sem sofrimento, adoto essa dieta, e toda vez, ela funciona como se tivesse sido feita sob medida. No dia-a-dia adoto 70% desse cardápio, e apesar d’eu não ser magra – nunca fui – também não estou acima do peso. E mais importante: eu NUNCA fico doente. Tenho uma saúde excelente, e nada me derruba. Não pulo a sobremesa, queijos são praticamente meu oxigênio gastronômico, e vinhos... oh well, falarei de vinhos separadamente, repetidas vezes, outra hora.

Mas o fato é que essa é a dieta que eu super-recomendo... E pode contar comigo para receitas: em breve algumas estarão por aqui...

sexta-feira, 13 de março de 2015

3 histórias de transgenders que estão revolucionando o mundo

Era uma vez um menininho americano, que tinha 2 irmãos gêmeos mais velhos e uma irmã primogênita. Aos 2 aninhos, esse menininho se referia a si mesmo como menina. A-o-s-2-a-n-o-s. Os pais, espíritos muito avançados, entenderam a mensagem, e iniciaram o que seria a transformação mais fundamental na vida dessa criança: aceitar e cuidar de sua cabeça e corpinho transgênero. Apesar de algumas dificuldades sociais, o apoio da família foi (e é) o marco dessa história. Hoje, Jazz – a criança dessa história – tem 14 anos, em 2014 foi votada como uma das adolescentes mais influentes pela Time Magazine, e será o novo rosto da campanha publicitária dos produtos faciais da Clean & Clear (com o poderesoro #SeeTheRealMe)


Para conhecer mais a história de Jazz, assista esse vídeo aqui


Era uma vez um menininho brasileiro, criado na Itália, filho de um famoso jogador de futebol, também com irmãos e irmãs. Nos idos de 2008, esse menino, que sempre teve dificuldade em entender quem era realmente, iniciou sua transformação que culminou numa cirurgia de redesignação de gênero. Lea T. é hoje uma reconhecida supermodel e a garota propaganda da marca Redken. Ela diz que normalmente gosta de meninos, mas não exclui a possibilidade de se apaixonar por uma menina.

Para conhecer um pouco da história de Lea, clique aqui.


Era uma vez uma menininha americana que nasceu com um problema grave de surdez. Quando completou 1 aninho, os pais fizeram com sucesso tratamentos e terapias, e ela conseguiu aprender a ouvir e falar. Uma das primeiras frases que ela falou foi “eu sou menino”. Hoje com 6 anos, vivendo como menino praticamente desde então, Ryland Whittington e sua família enfrentam vários dilemas e preconceitos com coragem e dignidade.

Veja aqui um lindo video sobre a história dele.


As histórias acima são histórias de sucesso, e em duas delas, envolvendo crianças muito novinhas. Não consigo imaginar quão difícil foi para os pais confiar nos instintos que diziam que isso não era apenas uma fase, que a felicidade de seus filhos iria depender disso, e que eles teriam que navegar por águas muito turbulentas e desconhecidas para lidar com a situação como um todo: dentro de casa, dentre familiares e amigos, nas escolas, e na vida pessoal das crianças, que ainda não passaram pela puberdade e decisões muito difíceis hão de ser tomadas...


Quis fazer esse post porque existem outras histórias, muitas histórias, que são tristes e com finais trágicos, histórias cheias de violência física e psicológica, histórias que culminam em suicídios... Ninguém merece viver assim ou passar por isso... Especialmente por causa de desinformação e preconceito. Eu não pretendo ser mãe, mas acho que essa é uma discussão que vai além da maternidade – enquanto vivermos em sociedade, precisamos nos educar sobre todos os assuntos, e aí sim com o devido conhecimento do tema, nos posicionar...Não aguento nenhum tipo de discussão burra e desmotivada, mas acima de tudo, NÃO AGUENTO MAIS O PRECONCEITO.

Espero de coração que as pessoas entendam o que a história desses 3 indivíduos corajosos representam na história da nossa sociedade moderna.




segunda-feira, 9 de março de 2015

O que os brasileiros podem aprender com o tailgate

Vamos começar pelas definções básicas  (e ilustradas!)

Tailgate é isso:

Lembrem que “tail” em inglês significa “rabo”... logo, o “rabo” das caminhonetes que também é um portãozinho (gate) para facilitar a carga e descarga... 


E isso também:


Aqui o conceito de “rabo” é um pouquinho diferente... gente chata que fica sempre na cola...

Mas para os objetivos deste post, tailgate é uma festa que acontece antes de eventos esportivos, nos estacionamentos dos estádios, com comida, bebida, jogos, musica, tudo num estilo “acampamento de verão na Lagoa do Siri”:




Os torcedores tem a oportunidade de socializar, beber e comer sem ter que gastar fortunas com as comidas e bebidas dos estádios, e curtir aquele momento ao máximo, fazendo um verdadeiro “esquenta” antes da partida:



Ouvi que ontem o pronunciamento da Dilma causou grande comoção e polêmica, pelo que ela falou (ou não falou), e pelo panelaço que aconteceu durante/depois. Não quero e não vou me posicionar sobre os aspectos políticos da celeuma... Mas quero e vou me posicionar sobre o aspecto social porque acho que podemos aprender uma coisinha ou duas com o tailgate party americano...

Ontem, enquanto rolava o pronunciamento ( e o panelaço), nós estávamos tailgating pro jogo de abertura da liga de futebol dos EUA, e o jogo inaugural do time da cidade (onde o Kaká está jogando atualmente):



Todo mundo estava bebendo. Mas comendo também. E jogando futebol. E futebol americano. E frisbee. E brincando com as crianças.

O pessoal estacionado na nossa frente era de algum país onde falam espanhol. Podia ser Argentina. Ou México. Ou Colômbia. Todos rivais da gloriosa seleção brasileira de futebol. Eles sabiam que nós estávamos num grupinho de brasileiros (outras nacionalidades também, mas nossa festa tinha uma maioria brasileira). Num dado momento, eles pediram pra eu tirar uma foto do grupo deles, e eu o fiz. Quando nosso gelo acabou, eles perceberam, e nos deram extra. Nós tínhamos muita cerveja, então levamos algumas pra eles. Quando o ônibus dos jogadores passou, todo mundo aplaudiu e gritou Kaká. Quando entramos no estádio, junto com mais 62 mil pessoas, não teve empurra-empurra. Ninguém xingou ninguém. Ninguém foi desrepeitado por usar uma camisa da seleção argentina. Ou brasileira. Ou colombiana. Ou do time adversário (New York City F.C.)

Porém sei que o mesmo não ocorreu no Brasil ontem: as pessoas que se manifestaram, a favor ou contra o pronunciamento da presidente, as pessoas que escolheram participar ou não do panelaço, foram desrespeitadas. Teve empurra-empurra moral. Tá tendo ainda...

Penso que no Brasil existe uma dificuldade de expressão muito grande – essa camaradagem rapidinho se transforma em “comprar brigas” não pela simples defesa de um ponto em que se acredita, mas para defesa E ataque. Para causar uma comoção, um tremor de terra, uma baderna. E quase sempre de uma forma desrespeitosa. Fica difícil falar muito mais sem tomar partido, mas a lição que eu acho que precisa ser aprendida é que o seu vizinho pode torcer pro time adversário, e isso não deveria ser uma carta branca pra ele te ofender toda vez que o time ganha. Da mesma forma, você não pode agredi-lo quando o time dele perde. As pessoas tem seus próprios times, seus próprios pontos de vista, suas próprias crenças e costumes, que são  variados, e nem sempre coincidem com os nossos.  E tudo bem, isso não é, ou pelo menos não deveria ser, um problema. Acredite, manifeste-se, apóie seu time e/ou seu ponto de vista, mas o faça cordialmente, sendo não só educado, mas também atento a opinião alheia, para não tomar atitudes grosseiras, e gerar um conflito desnecessário...

sábado, 7 de março de 2015

Guia completo para jardineiros iniciantes (ou como não matar suas plantas em 2 dias): TULIPAS

Muitos anos atrás, fui a Amsterdã com minha amiga linda do coração Hosana:

Pensa numa gente feliz...

Lá, me deparei com tulipas. Tulipas de verdade. Até aquele momento, tulipas eram unicórnios: eu achava lindo, mas nunca tinha visto ao vivo...  A foto abaixo, tirada na ocasião, talvez não mostre nada demais aos olhos acostumados com essas belezas, mas para mim, foi TUDO:

Desde então, morei na Europa e, agora nos EUA, e nunca mais perdi essas belezuras de vista: elas estão por toda parte, aqui e lá. No Brasil, sei que é possível encontrá-las, já que meu buquê foi um misto de tulipas e lírios:



Mas fora essas ocasiões especiais, é difícil entrar em uma floricultura brasileira e encontrar as flores ou os bulbos para plantar (ou pelo menos era, vide o drama das tulipas no meu casamento,  que é outra história...); enquanto aqui, qualquer supermercado carrega uma vasta opção de tamanhos, formatos, cores:



Apesar de serem perenes, eu nunca consegui manter minhas tulipas plantadas vivas por muito tempo... Eu ja plantei a partir dos bulbos, e esperei-as crescer completamente:







O ciclo completo durou aproximadamente 2 meses


Eu ja plantei os bulbos com flores – e elas até resistiram bem, aproximadamente 4 a 5 semanas:







Tentativa 1, até falei disso num post, nos idos de 2011... Outdoor, mas dentro da area protegida por tela



Tentativa 2, totalmente indoor

Se plantadas a partir da semente, elas podem demorar quase uma década para florir! Então, eu sempre escolhi plantar a partir de bulbos – que eu sei que são, em sua maioria, estéreis, por serem híbridos para o comércio...

Mas enfim, duas coisas que sei sobre plantar os bulbos: 1) tem que ser indoor. Os bichinhos adoram comer o bulbo da tulipa, e aparentemente, nós humanos, podemos também. Dizem que são excelentes substitutos de cebola!
 
Pelo menos a cara parece...


2) não super-hidratar: as tulipas não amam água... Eu tenho uma tendência de afogar minhas plantas – é a causa número 1 de assassinatos na minha casa... Apesar dos altos índices de mortalidade, eu ainda tenho esperança em cultivar tulipas com sucesso durante o ano todo... Quem sabe, um dia...