domingo, 20 de dezembro de 2009

Ataques cardiacos

Ontem uma colega de trabalho teve todos os sintomas de ataque cardiaco. Dores no braco, dificuldades de respirar, falando coisas sem sentido e claro, dor no peito. Muita dor no peito. Ela chorava com toda a situacao e eu nao sabia muito bem o que fazer, porque ela tem so 39 anos... Bom, tive que chamar a emergencia para ajuda-la e la foi ela pro hospital. Agora, aparentemente, ela esta bem.

Um mes atras morreu a mae (e colega) de um amigo. 40 anos. Ataque cardiaco.

Hoje morreu a Britney Murphy - 32 anos - ataque cardiaco.

Eu nao consigo entender como isso acontece e com pessoas tao jovens...

Entretanto, lendo a noticia, eu quase tive um ataque tb (semi-cardiaco) - sem querer brincar com a desgraca alheia, vamos aprender a escrever ORACAO, ne minha gente?!

"Famosos comentam morte de Brittany Murphy no Twitter"


(...)


Fred Durst (diretor e ator): "Descanse em paz, Brittany Murphy. Que ser humano doce. Minhas horações estão com seus amigos e família".

Confiram:

http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1422036-9798,00-FAMOSOS+COMENTAM+MORTE+DE+BRITTANY+MURPHY+NO+TWITTER.html

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Testes


Adoro testes. Desde menina, quando assinava Capricho, uma das minhas partes favoritas da revista era exatamente a de testes. Abria a revista correndo e lia - drops (ou confetes ou sei la como se chamavam, mas eram noticias curtas sobre varios assuntos), horoscopo (atire a primeira pedra quem nunca leu horoscopo aos 13 anos de idade) e fazia o teste.

E eram os testes mais variados: quao boa filha vc eh? Vc eh uma amiga verdadeira? Seu paquerinha gosta do jeito que vc prende o cabelo? Sua mae sabe que vc faz testes e define um novo padrao de coportamento que muitas vezes nao tem nada a ver com o que ela gostaria que vc fosse?

E assim sucessivamente...

Eu tinha plena consciencia que quando crescesse as coisas talvez poderiam ser diferentes, afinal todos passamos por um processo de amadurecimento e autoconhecimento pos-adolescencia que, teoricamente, nos torna imunes a esse tipo de coisa.

Aham.

Eh soh dar uma olhada no meu facebook e descobrir o numero absurdo de testes que eu e VARIOS dos meus amigos mais admirados, maduros e crescidinhos andam fazendo: Que cidade da Europa vc eh? Que personagem do Crepusculo vc eh? Que cor vc eh? Que abobora selvagem vc eh?

Eh tao bom nao crescer compeltamente!

(e melhor ainda, saber que vc nao eh o unico...)

domingo, 6 de dezembro de 2009


Engracado como a trilha sonora americana eh surpreendentemente vasta. Na mesma radio que toca rock toca hip hop e teen hits (e nao venham me dizer que Miley Cirus ou Taylor Swift com 16 e 17 anos nao sao adolescentes!)... eh um bom exercicio tentar entender o que o povo daqui gosta.

Ao mesmo tempo nao sei se isso eh fruto de uma total falta de personalidade ou simplesmente uma forma de abracar a diversidade - mesmo que ela venha vestida de pop culture. Ate porque nao acho que isso seja totalmente fruto dessa pop culture - numa geracao de Lady Gagas e Rihannas eh curioso ver gente como Kings of Leon, Foo Fighters ou Dave Matthews Band no top 10 de todos os hit parades daqui...

O mais interessante mesmo foi assistir a nomeacao dos Grammys - alguns velhos conhecidos, alguns recem chegados... E diferente do caso Kayne ridiculo West, todo mundo pareceu se respeitar e estar satisfeito com o que rolou...

Eu fiquei super feliz ao ver uma galera totalmente nova aparecendo e meio decepcionada com a nao-nomeacao de outros... mas em geral foi fantastico. Mto mais genuino e verdadeiro que o Oscar por exemplo... (que as far away as we are now das nominations, ja sei que Sandra Bullock vai aparecer na lista de melhor atriz pq o filme Blind Side que esta passando AGORA ja anuncia que eh um "oscar perfomance"... ja fico meio cabreira... parece ateh armacao! - e ja posso ver, caso ela nao seja nominada "uh que injustica! Ela merecia!" no melhor estilo Leonardo di Caprio no Titanic...)

Enfim, very pleased and happy com o contexto musical de 2009/2010... por mais bobo que pareca, vai ser um time to remember com nossos filhos e netos... da pra imaginar a nossa geracao com 70 anos, netinhos no colo e assobiando "I gotta a feeling... uuuuuuhuuuu... that tonight is gonna be a good night..." No minimo alto astral...

sábado, 5 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Carpe Diem



Escrever eh uma alegria. Nao uma obrigacao. Entao fico triste quando nao consigo passar por aqui e deixar sequer uma impressaozinha, mesmo que pequenina sobre determinados assuntos. Ainda bem que voltei...

Precisei sair de um emprego para poder ter esse tempo. De escrever. Mas tambem de correr, afinal estava treinando para uma maratona. Ja voltei aos treinos. Tambem ja voltei a ler. Tenho alguns bons livros e alguns excelentes. E tambem ja recuperei o tempo da casa, e de brincar com minha cachorrinha, e de jantar com meu marido. Voltei a ir no salao e fazer as unhas. Agora durmo a tarde e recupero o cansaco do dia-a-dia quando preciso. Faco contas e planejamentos importantes... faco o que preciso, e o que nao preciso. Por obrigacao e por prazer. Como eh importante ter tempo...

Por isso tudo, em celebracao a saida do emprego e a volta a vida, amanha vou saltar de paraquedas.

domingo, 15 de novembro de 2009

Notebooks e o previsivel


Meu computador queimou. Demorou, mas a placa mae se foi... E nao foi a primeira vez que aconteceu, na verdade eh a segunda e no mesmo tempo que o anterior: 2 anos e alguns meses...

O primeiro a partir sem deixar esperancas foi um Toshiba Satellite - meu primeiro notebook. Adorado, cheio de detalhes so meus, minhas coisas... e entao, de um dia pro outro, do nada, sem dar pistas, ele se foi...

Agora o HP eh que se foi... Mas o detalhe eh que ele nao se foi de um dia pro outro ou sem aviso: eu ja havia percebido que ele esquentava demais. Ja tinha lido sobre os inumeros recalls que HP fez. Minha prima ja tinha dado adeus ao dela e eu testemunhei toda a historia. EU MEIO QUE JA SABIA QUE IA ACONTECER. Mesmo assim, na me preparei para o adeus, para a despedida final, para a grande travessia: simplesmente deixei todos os meus arquivos para tras... Sim, tudo. Conscientemente para tras. Fotos. Musicas. Textos. Memorias. Foi praticamente uma eutanasia...


Agora estou aqui, outro HP, outra configuracao ainda nao feita (dai a falta de acentos, etc), e a doce-amarga realidade de ja conhecer o futuro...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Varios temas, pouco tempo


- Parece que esta para ser publicada uma foto da autopsia do Michael Jackson. A foto teria sido dada a um dono de restaurante em Los Angeles por um amigo do alto escalao da policia local. Obviamente o cara nao e nada amigo da familia ou dos amigos do Michael Jackson (se e que ele tinha algum dos dois genuinamente), afinal, nenhuma autopsia e uma obra de Michelangelo e ainda expor por ai... pessimo gosto.

- Alias, sensacionalismo e a palavra numero 2 nos Estados Unidos. A palavra numero 1 ainda esta para ser descoberta...

- Capa do Economist: "Falling fertility - how the population problem is solving itself" . E interessante observar esses processos. Especialmente porque apontam pra uma esperanca de que o problema da falta de agua, poluicao, dentre outros podem ser sanados num futuro nao muito distante, e vejam so, por nos mesmos...

- Acessem www.peopleofwalmart.com
Muito engracado...

- Recentemente, me viciei num indexador que diz como esta meu desempenho no trabalho. Nao e muito personificado, mas aponta claramente a minha area. E e engracado observar como que as pessoas que tiveram algum tipo de problema e tiveram o problema bem resolvido acham que o servico prestado foi melhor do que quem nao teve problema nenhum. A Raquel ja falou sobre isso...

- Barack Obama e o presidente dos EUA ha um ano ja...

- O tempo passa, o tempo voa...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Days of our lives


Essa cidade e incrivel... quando eu acho que ja conheco tudo, alguma coisa nova e inesperada acontece.

Meu caminho diario pro trabalho envolve uma auto-estrada, e boa parte dela e paralela a International Drive, a rua mais famosa de Orlando. Entre as duas, varias lojas e restaurantes. Algumas atracoes tambem, dentre elas, voos panoramicos de helicoptero.

Entao e muito comum eu estar passando na estrada e um helicoptero vir descendo em direcao ao meu carro, e pousar suavemente a menos de 500 metros de onde estou passando... e a visao e indescritivel...


PS.: Desculpem pela ausencia... ainda estou me adaptando aos novos horarios...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Música - 1


Eu sei da importância de uma boa trilha sonora em minha vida... adoro música, adoro tocar e produzir música, adoro escutar música em geral, conhecer novos gêneros, cantores, assistir programas sobre música, vídeo clipes, adoro tudo.

Porém não há experiência de vida como um som novo que IMEDIATAMENTE causa arrepios na alma. Sabe quando se escuta uma música e os tons, a letra, o ritmo, o momento, tudo casa, em tão perfeita sintonia que dá uma euforia, o coração bate mais rápido? E enfim, é toda uma sensação transcendental. Um êxtase. Uma coisa que toma o corpo, a cabeça, o coração. É como quando alguém se descobre apaixonado, e ao ver a pessoa amada, tudo muda. Ou ainda quando se espera uma notícia e ela é ainda melhor do que o esperado. Ou quando se está lendo um livro sozinho, e ao terminar um momento definitivo, se olha pros lados, sorrindo, falando consigo mesmo...

E assim é com uma música nova pra mim. Uma coisa tão especial, tão bonita, tão marcante... Uma palavra em inglês que bem descreve é exhilarating - algo como estimulante. Mas não é só isso... então para que, talvez, as pessoas que leiam isso aqui possam entender mais ou menos o que eu sinto, fiz uma lista (bem incompleta) de músicas que me despertaram essa sensação boa:

- Clocks, Coldplay (não por acaso, escolhida pra ser a música de entrada da formatura e também no cerimonial quando me casei);

- When you wish upon a star, qualquer versão (mas em especial a do Renato Russo no The Stonewall Celebration Concert);

- Ti scatterò una foto, Tiziano Ferro (sei que nós brasileiros somos preconceituosos com música não brasileira ou em inglês... uma lástima.);

- Mi piace come sei, Jarabe de Palo (também em espanhol "me gusta como eres");

- Eu sei, Legião Urbana

- Back in black, AC/DC (ou acham que só musiquinhas românticas fazem meu dia???);

- Tu amor me hace bien, Marc Anthony (salsa, minha gente!);

- I wish, Skazi/Infected Mushroom (prestem atenção na letra... reavaliem a música eletrônica);

- Sex on fire, Kings of Leon (meu mais recente vício).

Muitas outras ficaram de fora... Façam suas listas... Compartilhem o conhecimento!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Perfection...


...hoje, pela primeira vez, saí à noite de casa e senti uma brisa fria me arrepiar...

Finalmente, o outono chegou em Orlando!

domingo, 11 de outubro de 2009

O mal verdadeiro


Não compreendo a frieza, o calculismo, a dissimulação e todos os aspectos de drama envolvidos em planejar um ataque a alguém.

Não fui uma criança maldosa - era feliz e brincalhona. Também não fui uma adolescente perversa, sendo muitas vezes, alvo da maldade alheia.

Então não é de se estranhar que, como adulta, não entendo certas coisas...

Não consigo conceber adultos inteligentes e bem posicionados socialmente que levam vidas paralelas. Pessoas que usam outras pessoas para conseguir o que querem a todo e qualquer custo. Gente que inventa histórias inteiras, com tempo, personagens e espaços bem definidos pelo simples e puro propósito de prejudicar alguém.

Não pactuo com esses conceitos.

Mas desejo todos os dias saber quem são meus verdadeiros amigos e, caso existam, quem são meus inimigos.

Pois antes o mal deliberado de alguém contra mim (definindo assim sua postura) do que a indiferença.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Princesa em treinamento


Estou lendo um livro muito fútil e sem razão de ser, cujo título coincide com o título desse post (não é o da Meg Cabot). O livro, escrito por uma princesa de verdade, é um, ahn, treinamento para mulheres de todos os tipos e classes socias se tornarem princesas. Não por título e soberania, como a autora deixa bem claro, mas pelo simples fato de serem mulheres. Então ela dá dicas de comportamento social, como "estar em todas as inaugurações e festas badaladas" ou ainda "não perder as semanas de moda, convivendo com as pessoas da primeira fila, obviamente", ou ainda dicas de beleza e compras (nível Prada, Cartier, etc)...

Como a fulana é uma princesa de verdade (e eu já disse que ela frisa isso a cada 3 linhas???), além de dinheiro ela tem muita influência. Mesmo sendo de origem francesa, o rastro do poderio da família dela atravessa o globo com a mesma facilidade que eu atravesso do quarto pro banheiro. E então ela aparece em filmes e reconstrói versões de histórias por ela protagonizadas, tem "amigos" influentes...

Mas o mais interessante é a forma como ela descreve as coisas, como se fossem coisas ao alcance de tudo mundo: "vou fazer o esforço de voar classe econômica pelas minhas amigas menos favorecidas". !!!!!!!!!!!!!!! Do lugar de onde eu venho, o simples fato de voar, já é um enoooorme ponto a favor. Ou ainda: "uma tarde de indulgências só pode existir com massagens de pedras quentes e um mocha java"... Dá vontade de gritar: MINHA FILHA, CAFÉ É CAFÉ!!!

Ok, ok, eu sei que voar de primeira classe é realmente fabuloso e sem comparação, e massagem, até com caco de vidro é bom, mas isso é um livro para mortais e não para gente sem noção do valor do dinheiro!!!

E o mais interessante (!) é a consciência social (!!!) que ela possui: compra echarpes e otras cositas más de presente para a assistente dela (um diabo veste prada às inversas), e vai a todos os bailes de gala do Met (dentre outros) em prol de... algum lugar ou alguma gente bem pobre.

Enfim, é um manual de futilidades sob a perspectiva deslumbrada de uma patricinha de New York com um título real...

(e a má notícia é que eu estou a-do-ran-do o livro...

será patológico???

nós mulheres somos assim, princesinhas?

ou sou só eu mesma???)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

É isso aí...


Foi muito interessante a repercussão da vitória do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016 aqui nos Estados Unidos. As pessoas estavam muito confiantes que Chicago seria a cidade vencedora, e se não, ficaria pau a pau na rodada final de decisão.

O que aconteceu, como todo mundo sabe, foi o inverso: na primeira rodada, Chicago dançou. E o Rio ganhou.

As pessoas, ao invés de ficarem criticando a escolha irracionalmente (como alguns sujeitos costumam fazer) simplesmente ficaram tristes, e aparentemente, abraçaram o discurso brasileiro e a decisão do comitê olímpico.

Mesmo porque, enquanto algumas pessoas estavam hoje em Chicago aguardando a decisão com ansiedade, outras também em Chicago protestavam os valores a serem gastos para sediar os jogos, já que os índices de desemprego só aumentam, não só na cidade, como em todo país...

Mas de qualquer forma, e paralelamente a isso, começou uma chuva de reportagens sobre o RJ: mostraram o projeto das Olimpíadas, a praia de Copacabana em festa, o presidente discursando sobre o tema, Pelé chorando, enfim, tudo que tinha direito.

(E daqui, eu fiquei com a sensação de que estavam falando de outro lugar. Quase que outro planeta).

Concluindo: espero que dê certo e que seja um sucesso. Mesmo existindo um feeling que me diz o contrário...

(e não dar certo talvez seja mesmo só um instinto.

Ou talvez seja bom senso).

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Caio

Eu sou abençoada, tenho muitas alegrias na vida.

Mas existe um tipo de alegria que me causa tamanho encantamento, que eu tenho vontade de compartilhar escandalosamente, de anunciar pro mundo inteiro como estou feliz. Que só palavras, lágrimas, abobamentos, não parecem ser suficientes. É preciso gritar, sair correndo, pular e rir sozinha, pra materializar a alegria.

Assim foi com o nascimento do Caio - meu "hobrinho" (filho da Ho e do Anjinho).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Momento auto-ajuda


Claro que eu já tive o coração partido. Esmagado. Arrasado. Abatido com bala de canhão. E as vezes só meio arranhadinho... mas o suficiente para doer...

Óbvio que fiquei mal, jogada às traças, chorei, chorei mais, chorei ainda mais, e quando achei que ia parar de chorar, chorei de novo.

Seguramente entrei em buracos negros, e rodei em rodas de tortura, e me machuquei. Do chão afundei ainda mais. E quando achei que já estava no fundo do poço, fui ainda mais além.

Mas isso foi há um tempo atrás. Agora são outros dias.

São dias de sorrisos, e beijos, e caminhar de mãos dadas. São dias de observar os detalhes que fazem a vida tão linda, e abraçar o mundo e as oportunidades que aparecem. São dias de ver o azul do céu, e encontrar desenhos em nuvens. São dias de sonho.

Claro que estar casada tem muito a ver com isso. Mas esses dias não dependem só de casamento, não dependem nem de namorado, na verdade, não dependem de nada que não seja seu.

O sorriso pode ser seu, assim como os beijos, e as mãos. O carinho pode ser consigo mesmo, e os olhos que enxergam a beleza, esses sem dúvidas, são seus. O AMOR TEM QUE SER SEU. TEM QUE PARTIR DE VOCÊ.

E quando o chão se abrir, o mundo desabar, o dragão adormecido acordar, quando a lágrima vier, não se desespere: lembre-se que a vida é o que fazemos dela. E com amor tudo fica mais fácil. Com amor próprio então, TUDO É POSSÍVEL.

PS.: Esse momento auto-ajuda é baseado em amigos muito queridos que atravessam tormentas de dúvidas e inconstâncias. Eu entendo. Eu sei como é difícil. Mas vai passar, prometo que vai passar...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Life is too short to drink bad wine...


Hoje me deparei com uma situação atípica: abrimos uma garrafa de cabernet franc e para nossa triste constatação, estava péssima. Péssima. O cheiro não estava de acordo com o que deveria, o sabor muito menos. Não sei o que aconteceu, mas o vinho não prestava.

Muito entristecidos com o fato, pensamos no próximo passo: Conrado querendo jogar tudo fora no ralo, e eu querendo levar a garrafa de volta pra loja. E daí a situação atípica.

Quantas vezes alguém já viu ou testemunhou alguém recusando um vinho? Em restaurantes, bares, lojas, qualquer lugar - faz-se todo aquele ritual, sendo um conosseur ou não e bebe-se. Fim de papo. E sem reclamações.

O problema da discussão é que as alegações pra quem está vendendo o vinho são infinitas - toda a vida daquela garrafa é única e exclusiva. Ou seja: até você, consumidor final, provar que o vinho realmente não presta, é uma longa jornada...

E com base nisso, maridão queria jogar o vinho na pia.

E exatamente com base nisso, que eu vou comprar a briga, pra ver o que acontece...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Das alegrias cotidianas


Depois de estar em "casa" há quase um mês, posso dizer com certeza, que eu pertenço a esse lugar. Não se trata de uma wonderland, dreamland, neverland... é só "a land". Uma terra onde eu posso fazer coisas que eu não fiz nem no Brasil, nem na Itália. O prazer de sair de casa e deixar a porta destrancada é indescritível. A alegria de ir a um parque com minha cachorrinha e no parque encontrar sacolinhas públicas para o coco, idem. Mas bom mesmo é ter um, digamos, problema.

Fui comprar um segundo criado-mudo, já que na casa antiga só tínhamos espaço para um, e na casa nova, temos para dois. Voltei a loja onde comprei todos os móveis do meu quarto, e lá estava o mesmo criado-mudo com o mesmo preço. Sorriso número 1. Comprei o móvel que eu mesma iria pegar dali a dois dias. Dois dias então, meu marido foi até a loja e buscou o móvel, dentro de uma caixa. Chegando em casa, e abrindo a caixa, percebemos que era o criado mudo errado. Não era tão errado, era da mesma coleção, mas com algumas pequenas diferenças. Ligamos para a loja e notificamos o erro. O vendedor nos pediu para levar o móvel até a loja para a troca, o que fizemos algumas horas depois. Em lá chegando, nos entregaram o móvel certo, e mil desculpas depois, nos deram um bônus de US$ 50.00 pelo erro.

Não é que nós pedimos isso. E o erro não foi assim tão grave - o móvel estava na caixa, alguém não viu, e enfim, entregaram a mercadoria errada.

Mas aqui as pessoas são honestas. Muito honestas. E corretas. E se erraram, admitem, e não só consertam, mas compensam o erro de alguma forma.

Para mim, isso é o ápice da civilidade.

sábado, 19 de setembro de 2009

Getting older...


...ontem à noite, no Kobe, having a blast, e claro, apagando mais uma velinha...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Dos idiotas que nos cercam - Parte II


E eis que o Presidente dos Estados Unidos também foi comentar o ocorrido narrado no post anterior, e ups! Soltou que o Kanye West era um "jackass". Em traduções comuns, seria algo como "idiota", mas na minha tradução (e baseado no caso) eu diria que ele disse que Kanye West é um "cuzão".

O fato é que ele disse isso antes de uma entrevista oficial, em comentário "amigável" com o jornalista que perguntou o que ele pensava do caso... outros jornalistas captaram a resposta do presidente via uma linha compartilhada de fibra ótica, e pimba! Twitter nas palavras do Obama.

Bafafá, fuxicos e falsos choques à parte, agora o comentário é que o presidente disse o que disse, e como se trata do presidente, isso choca a nação inteira... Todos por aqui falam da situação dos "microfones abertos" que captam palavras malDitas, frases fora de contexto, as figuras públicas estão 100% do tempo vigiadas, não podem falar ou fazer nada que saia do padrão figura pública de ser, etc, etc, etc e tal.

Meu único comentário sobre o caso é: o excelentíssimo presidente dos Estados Unidos pensa de acordo com a maioria esmagadora da população!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Dos idiotas que nos cercam


Alguém conhece uma pessoa que faz uma enorme cagada e depois, ao invés de se desculpar ou admitir, simplesmente se esquiva da responsabilidade?

Já ouviram falar daquela gentinha detestável que usa o argumento "eu sou assim, esse é o meu jeito" como se isso fosse válido?

Ou ainda pior: os desqualificados que se acham superiores por terem meias moedinhas no banco?

Pois é. Infelizmente, conheço alguns desses tipos... E detesto.

Gente que acha que pode fazer o que quer na hora que quer. Gente que se acha acima de tudo que existe entre o bem e o mal e não sabe se portar com elegância, faz besteira, e depois se sente no direito de expressar "seu lado da história"...

Eis que o assunto que só se fala aqui é da gafe do Kanye West no MTV music awards, quando, no meio do discurso de aceitação de seu primeiro prêmio, Taylor Swift, estrela teen da música country, foi interrompida pelo beócio que falou que quem deveria ganhar era a Beyoncé, e blablabla, deixando a menina (sim, 19 anos, menina) toda sem graça e humilhada... e enfim, tragédia.

Todo mundo vaiou e ela teve oportunidade de subir ao palco novamente em virtude da Beyoncé (!!!) ter ganho um prêmio na sequência e chamado Taylor para terminar o curso, e dar um tapa de luva no idiota do Kanye West, que até se desculpou depois, no Twitter, sei lá onde mais...

Mas o fato é que ele é o típico detestável que descrevi acima: uma pessoa sem noção de limite e sem respeito pelo próximo. Exemplo clássico de que o dinheiro não compra tudo... muito menos bom senso.

sábado, 5 de setembro de 2009

Tchuplek, tchuplim!

Eu precisava compartilhar essa descoberta... fora a paixão pela fotografia que corre na família - gosto por fotografar e ver a fotografia alheia - hoje estava enviando um email de encorajamento para uma amiga "a caminho de ser fotógrafa" e lembrei das fotos do Richard Heeks. Eu sempre quis ter uma idéia assim, de fotografar uma coisa super exclusiva, como ele fez:





Olha que irado!!!

Quem quiser ver o trabalho do moço, acesse http://www.flickr.com/photos/11164709@N06/sets/72157607182199900/

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A grande ...agada!


Eis que casamos e fomos passar a lua de mel num cruzeiro pelo Caribe... Já no primeiro dia, o maridão começa a se sentir mal, com uma dorzinha de barriga/piriri... na tarde do embarque, uma caixa de imodium (também conhecido como chá de rolha) já havia sido consumida, e o efeito parecia ser o contrário: só piorava. Na manhã seguinte do embarque a coisa já estava insustentável... fomos ao posto médico do navio e fomos surpreendidos com a notícia de que, após realizar um exame, caso desse positivo para um certo vírus, teríamos (sim, no plural, ou seja, eu tb) que ficar presos de quarentena dentro da cabine. Aloou... cabine do navio! Minúscula! Mas... tudo bem. Voltamos para a cabine para aguardar o resultado. Algumas HORAS depois, liga a enfermeira para dizer que felizmente não deu positivo para o tal vírus. Porém, como medida de segurança, deveríamos ficar de quarentena mesmo assim por 24 horas. Isso. 24 horas da nossa lua de mel, que só acontece uma vez dentro de uma cabine cagada. Sim porque a essa altura do campeonato o negócio já estava completamente inviável... só para lembrar: cabine de navio. Alto mar. Nenhuma janela.

Ficamos as 24 horas e maridão começou a recuperar. Depois de muita dor, muito sofrimento, fomos "liberados" de nossa cabine... afinal, a cabine fica lacrada. Se rompêssemos o lacre, poderíamos ser deixados no próximo porto que parássemos...

Enfim, sobrevivemos, ganhamos um mega desconto para um próximo cruzeiro, e rimos muito passeando pelos corredores do navio vendo os lacres nas portas de cabines alheias...


PS.:

Pessoas, vou viajar.

(aproveitando o desconto, né?!)

Alguns podem pensar que é abuso de minha parte, mas não é todo dia que se comemora o aniversário de casamento... ainda mais depois de uma história dessas... por isso, estamos indo navegar os mares turbulentos da temporada de furacões americana, mas por experiência prévia, podem ficar todos tranquilos... em breve, voltaremos, com muitas coisas para contar...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O imã empregatício da Disney (ou já seriam as forças do Magneto???)


Em 2006 estava aqui nos Estados Unidos quando comprei uma revista que apontava a Disney como a melhor empresa para se trabalhar nos Estados Unidos. Eram onde os empregados estavam mais felizes e satisfeitos com tudo, dentre muitos outros fatores analisados para a pesquisa. Desde então, eu quero trabalhar lá - ou em qualquer lugar onde a Disney tenha um dedinho... Afinal ela é dona de várias marcas, algumas que nem imaginamos, como a ESPN. Agora é também dona da Marvel - sim, a mesma Marvel tema de um parque inteirinho da Universal Studios de Orlando.

Coincidentemente, no período atual, recém chegada no país, estou procurando emprego. Tenho algumas exigências (que não são muitas), mas gostaria de trabalhar com coisas que eu gosto, o que no caso da localidade onde estou, é bem fácil. Logicamente, um dos primeiros lugares que fui procurar foi a Disney. Existem muitas vagas e possibilidades infinitas, mas dentre TODOS os lugares que procurei, o PIOR salário é o da Disney... O pior. Pior mesmo. Não sei se eles andam gastando muito comprando Marvels por aí, mas sei que a média salarial é tão baixa que quase não dá para aceitar qualquer emprego que apareça por lá, sem criar um rombo no meu orçamento familiar. Em pesquisa com amigos e conhecidos daqui, descobri que isso não é uma situação de agora: o pagamento sempre foi baixo. Desde quando saiu na revista que era o melhor lugar pra se trabalhar. Desde quando o assunto era a junção da Disney com a Pixar. Desde sempre.

Eu poderia fazer cara de nojinho e me irritar com o fato de que se trata de uma das corporações que mais crescem no mundo, ou ainda poderia fazer uma grande campanha contra o emprego por lá, ou até xingar os hipócritas que gastam fortunas em compras milionárias para deterem um certo nicho de mercado sozinhos enquanto seus empregados, da base ao meio da pirâmide, continuam sendo mal pagos.

Mas não vou fazê-lo. Porque mesmo ciente de tudo, eu continuo querendo trabalhar lá.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Eu não desligo!


Porque eu ando preocupada quando acho que, na verdade, eu não deveria me preocupar tanto assim...

"as vezes eu queria saber
como a vida seria se um dia
eu acordasse e visse o mundo
como num comercial de amaciante:
tudo colorido e perfumado,
bichos de desenho animado
deixando o ambiente alegre e feliz
E do dia pulasse pra noite
e fosse dormir no colo da lua"

domingo, 30 de agosto de 2009

O absurdo dos absurdos


Amanhã é segunda-feira o que me fez lembrar que exatamente uma semana atrás eu iria no final de tarde comprar um pãozinho para o lanche da noite... Como sempre fazia todos os dias. Na mesma rua. Na mesma padaria. Logo quando cheguei aqui narrei uma cena que vi mais de uma vez nessas minhas idas de segunda-feira exclusivamente: um pouco antes de chegar à padaria, existe um hotel que acredito que nos finais de semana oferece um café da manhã ou lanche mais reforçados, com tortas, bolos, pães e frios dos mais variados. As sobras são jogadas fora na segunda-feira. Como sei disso?

Porque toda segunda-feira mais de 15 crianças se juntam na frente do referido hotel para "atacar" o lixo que vai sendo colocado para fora aos poucos. Entre 5 a 6 carrinhos de lixo, cada vez que o encarragado coloca o pé para fora, esse grupo se agarra aos carrinhos, e antes mesmo deles poderem descarregar na caixa de lixo da rua, as crianças já se agarraram a um bolo ou torta...

É uma cena extremamente forte. Me sentia mal quando via. Normalmente ia com minha cachorrinha, aí que me sentia ainda pior - ia à padaria comprar meu lanche fresco, com minha cachorrinha bem nutrida, enquanto aquelas crianças brigavam como abutres pelos restos do hotel.

E dentre todos os meus pensamentos sobre o assunto, o que prevalece hoje é a sensação de que SE EU SEI QUE ISSO ACONTECE COM UMA CERTA FREQUÊNCIA, NUM CERTO HORÁRIO, NUM CERTO LOCAL, POR QUE, MEU DEUS, POR QUE NINGUÉM DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DO GOVERNO TOMA UMA ATITUDE???

sábado, 29 de agosto de 2009

Mericaa, Mericaa, Mericaaaaa!!!!


Ah... eu não quero virar aquelas enjoadas que acham tudo lindo nos Estados Unidos e tudo feio no Brasil (ou no resto do mundo...). Mas olha que diferença. A história que vou contar se passou na fila do drive-thru do McDonald's, ontem à noite, 23h02:

Caixa: - Boa noite! O valor é $xx!
Con: - Aqui está... obrigado.
Caixa: - Seu troco. Obrigada. Pode se dirigir ao próximo guichê. Ah! O lançamento do foguete poderá ser visto naquela direção daqui a 58 minutos, caso vcs estejam na rua..
Con: - Foguete? Que direção???
Caixa: - Ali oh. Leste.
Con: - Nossa.. legal. Obrigado!
Caixa: - De nada!

No segundo guichê, 30 segundos depois que pararmos:
Atendente:- Desculpa pela demora. Aqui estão suas bebidas. Querem porta-copos?
Con: - Não, obrigado.
Atendente: - Ok. Vou buscar os sanduíches.

Outros 30 segundos:
Atendente: - Desculpe novamente pela demora. Aqui está. Molho barbecue né?
Con: - Sem problemas. É esse molho. Obrigado.
Atendente: - Não. Obrigado vc. Tenha uma ótima noite. Desculpa mais uma vez.

E VIMOS O FOGUETE!!!!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A saga


Tudo começou com a idéia de não deixar a Duquesa, minha lhaso apso de 4 anos, para trás.

Então vamos fazer a documentação exigida: vacinas em dia (fácil!), atestado médico (facílimo!) e CZI - Certificado Zoo-sanitário Internacional...

Em resumo, a única coisa que foi realmente fácil foram as vacinas PORQUE DEPENDIAM ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE DE MIM... O resto...

Primeiro Confronto - Embarque na TAM - Vitória - 5h30 da manhã do dia 25/08

Chego feliz e sorridente ao embarque da TAM, com Duquesa no kennel, segura da minha documentação e dos meus álibis, afinal tinha dia ao aeroporto DUAS VEZES ANTES DA VIAGEM PARA ME CERTIFICAR DE QUE ESTAVA COM TUDO DE ACORDO COM AS EXIGÊNCIAS DA COMPANHIA.
Inclusive no dia anterior, falei com o Supervisor de embarque que iria viajar com a Duquesa. Mostrei o kennel, a documentação e a própria cachorra. Ele deu o ok dele. Peguei nome, endereço e CPF do dito cujo, porque sabia que ele não seria o supervisor do meu embarque.
Já no meu embarque, a supervisora não queria fazer o check in. Porque disse que a cachorra não poderia embarcar sem o CZI. Acontece que o CZI só é emitido em outros lugares do planeta MAS NÃO em Vitória... Por isso que tinha ido antes no aeroporto, e confirmado que eu poderia embarcar sem esse documento e fazê-lo em Guarulhos. E todo mundo disse que sim. E a beócia dizendo que não.

RESULTADO: Fiz escândalo, rodei a baiana, fiz ela ligar pra Deus e pro mundo, inclusive pro outro supervisor de embarque que tinha autorizado no dia anterior, o que ela fez e descobriu que eu estava certa. Embarcamos e Duquesa foi junto com a carga. E eu com o coração partido...

Segundo Confronto - Guarulhos, 11h30 da manhã

Chego no Vigiagro para fazer o CZI e está faltando uma cópia da carteira de vacinação. Isso não foi tão grave. Afinal, eu só liguei 8 vezes pra eles pra confirmar horário de funcionamento, documentação necessária, etc e tal. Descobrir que eu precisaria da cópia da carteira de vacinação na hora de fazer o documento, é bobagem. Afinal chovia só um pouco e estávamos com cachorra, malas, e tudo isso aconteceu no terminal de cargas de Guarulhos, quase 1 km de distância do terminal de passageiros... mole.

RESULTADO: Conrado saiu na chuva pra tirar cópia do documento e depois voltamos na chuva para o terminal de passageiros. Duquesa nem fedia como um bode.

Terceiro Confronto - É burra ou o quê? - Vitória - todos os dias de março em diante.

A veterinária da minha cachorrinha é responsável por ela há anos. Dá vacinas, vê Duquesa TODA SEMANA, e sabia dessa viagem internacional desde março. Quando questionei sobre a documentação, ela insistiu INCASAVELMENTE que eu precisaria do GTA, uma guia de trânsito, quando até eu que não sou nada nesse mundo pude ver que isso não seria mais necessário PORQUE ESTÁ ESCRITO que não é necessário em todos os sites de todas as companhias aéreas. Pra não complicar muito a cabeça da coitada, eu ainda facilitei e voei TAM do começo ao fim da viagem. Mas mesmo assim, ela fez um GTA - e me cobrou R$50,00 por isso.
O que eu precisava MESMO era de um atestado médico dizendo EXATAMENTE o que o veterinário da VIGIAGRO - órgão do Ministério da Agricultura - havia me ditado: que ela estava livre de doenças infecto-bacteriológicas, parasitárias e miiases. Eu até decorei. Ditei mesmo pra ela.

RESULTADO: A burra não escreveu isso. Tive que procurar outra veterinária em SP. E ainda por cima, colocou que Duquesa é uma Shi-tzu, quando ela tem pedigree de lhasa...

Quarto Confronto - O embarque internacional - Guarulhos, 21h30 (!!!)

Fui fazer o pré-check in da Duquesa pra tentar uma vaga na cabine (e não mais na carga). E CONSEGUI! Foi lindo! Foi fácil! Foi maravilhoso!

RESULTADO: Em algum outro momento, teria que dar merda.

Quinto Confronto - O vôo - Vários locais da América do Sul, Central e do Norte. TODA A MADRUGADA do dia 25 para o dia 26/08

Duquesa embarcou conosco na cabine. Já no primeiro minuto dentro do avião fomos informados que EM MOMENTO NENHUM DO VÔO ela poderia sair do kennel. Uai?! Mas eu pensei que ela poderia ir no colo... não, não e não. No kennel. Com cara de coitada, vendo a gente, vendo o nosso colo, mas SEM SAIR DE DENTRO DA CAIXA.
Coitada.. ela entrou em pânico, desespero. Latia, chorava, arranhava a porta e as paredes da caixa com as patinhas...
Se eu estivesse no vôo, eu me expulsaria.

RESULTADO: Burlamos a regra, e pelo bem dos demais passageiros, tiramos a Duquesa do kennel algumas vezes e escondemos ela debaixo dos fedorentos cobertores da TAM. Nessas horas, ela dormiu. Nós não.

Enfim, depois DE TUDO ISSO, chegamos em Miami, meus pais estavam nos esperando para subir pra Orlando, deu tudo certo e agora, estamos aqui, no Sunny State again!

domingo, 23 de agosto de 2009

Recado de viagem


Amanhã me vou,
de volta,
de novo.

Mas isso não é tudo. Isso evoca um outra sentimento que Rubem Alves explicou melhor que eu:

Fui viajar. É bom visitar outros lugares, ver coisas diferentes, ter novas experiências. Viajei leve, pouca bagagem. Mas os meus pensamentos foram comigo. Gostaria de tê-los deixado em casa, para ver se eu mudava de assunto, se eu ficava diferente. Mas não há jeito de deixá-los em casa. Disse o Bernardo Soares: “De que me adianta ir até a China se não consigo desembarcar de mim mesmo? Quem cruzou todos os mares cruzou somente a monotonia de si mesmo. As viagens são os viajantes. A vida é o que fazemos dela. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Não me assalte... ou chamo Ivete!

Um meliante tentou "bater a carteira" de um festivo capixaba no Cerveja e Folia no fim de semana passado... e Ivete, do alto palco viu..

E não é que ela impediu o furto?

Segue link para o vídeo da abordagem na íntegra


http://www.youtube.com/watch?v=xe15EsCL_eQ

Hilário!

Mas... Só no Brasil...

Jogo dos sete erros - Política



Adoro os programas do E! Entertainment que destacam os 100 mais bonitos, os 20 mais bem pagos, os 10 mais cafonas... Então não seria surpresa contar que algumas semanas atrás assisti aos 15 mais ultrajantes flagras sexuais dos políticos americanos. E o que era pra ser mera diversão e passatempo se tornou numa triste contastação: os flagrantes sexuais envolvendo os políticos americanos mancharam de tal forma a vida do sujeito que a carreira ficou tão maculada que muitos abandonaram seus cargos. Por vergonha.

Sim, vergonha, palavrinha tão fora de uso em solo brasileiro... Porque os casos dos Estados Unidos, vejamos se me lembro: um saiu do cargo porque descobriram que era gay, o outro porque tinha uma amante, e um terceiro porque largou a mulher com câncer pra ficar com a enfermeira. Por mais moralmente baixos que esses golpes sejam, eles dizem respeito à vida pessoal do dito cujo. Então vamos abrir uma exceção às regras de privacidade - no que diz respeito à intimidade.

Mas vamos combinar que não é intimidade voar com passagens públicas de férias com a família ou presenteá-las. Ou mesmo os atos secretos para nomear e desnomear quem der na telha com o salário que der na telha. Ou ainda os tratos feitos com os traficantes e outros bandidos.

Porém o que merece destaque mesmo é uma associação curiosa que o povo americano faz quando esses escândalos sexuais vêm à tona: eles associam o comportamento íntimo e pessoal do político ao seu comportamento público. Ou seja, se o cara falta com respeito à sua esposa e filhos, trai sua família ou é pego com a boca na botija ou melhor com a botija na boca alheia em pleno salão oval, pode ser que seu comportamento num cargo público seja similar.

Sendo assim, ele não teria respeito pelo povo, traindo-o eventualmente, e seria pego fazendo (ou recebendo) favores para obter vantagens pessoais.
Então se o raciocínio for esse, imagina como deve andar a vida pessoal dos políticos brasileiros...

Antes que a gripe suína acabe...


Eu sei que as previsões não são positivas e as chances da gripe suína se tornar uma coisa ainda maior e mais barulhenta do que já é, são grandes.


Mas eu não entendo por que fica todo mundo tão desesperado com uma DOENÇA QUE TEM CURA.


A questão do diagnóstico pode até ter sido um problema quando essa história começou. Mas agora é possível a identificação rápida e um tratamento bastante objetivo. Note-se que antes do Tamiflu, alguns muitos casos foram resolvidos com a administração de antibióticos comuns. E realmente, é preciso entender a gravidade dos efeitos desta nova gripe em gestantes, mas até onde entendo, muitas doenças comuns (como rubéola) tem seu efeito multiplicado em grávidas, podendo causar a morte com muito mais facilidade. E ok, é uma pandemia, epidemia, pandemoníaca, mas também estão nessa categoria o vírus do HIV (que não tem cura) e a dengue (epicagada nacional).


Só para se ter uma idéia, o Espírito Santo em 2009 já registrou quase 50 mil (mil, gente, mil) casos de dengue, dentre os quais 42 foram fatais, além de outras 18 mortes que ainda estão sendo investigadas. Comparativamente, até agosto o Brasil (inteiro) registrou um total de 192 mortes pelo vírus H1N1.


Fatos: O Brasil lida com a dengue desde 1600 e alguma coisa. Se a dengue existisse na Europa ou nos Estados Unidos ou no Canadá, ia ser uma coisa a la ebola. Lembram do ebola? Pois é.... ninguém fala mais disso, e teve uma época que todos achávamos que íamos morrer por mordidas de macacos malignos...


Ironias à parte, meu ponto é que no Brasil lidamos com mortes por violência em nível epidêmico. O mesmo vale para acidentes automobilísticos causados por, dentre outros fatores, o desastre que são nossas rodovias. Isto sem citar as tantas outras mortes desnecessárias por falta de atendimento hospitalar. Ou saneamento básico (olha a dengue aí!). Ou até mesmo, a morte por falta de comida.


E o que me enlouquece é que as matérias sobre gripe suína tomam conta da mídia nacional que faz um alarde e fala de volta as aulas, e de blablabalblablablablas enquanto no Senado... ahn... o que mesmo?


Então não venham me encher a cabeça porque em breve vou pro México (onde tudo começou) e moro nos Estados Unidos (primeiro lugar em índice de mortalidade pelo H1N1), porque posso profetizar que antes mesmo de terminarmos a contagem dos brasileiros mortos por outras causas COMPLETAMETNE CONTROLÁVEIS, a gripe suína vai ser apenas e só mais uma simples e pura gripe.

sábado, 15 de agosto de 2009

WTF??? - 1


Alguém mais reparou que no anúncio de SNL na Sony em que a Amy Poehler aparece, à esquerda, no canto superior da tela tem uma animação de prédios (como o Twin Towers/NYC) pegando fogo por uma explosão?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O nome dos culpados


Eu sempre disse que a maior alegria de viajar com adolescentes e/ou famílias para Disney é ver a cara deles entrando pela primeira vez no Magic Kingdom... É impágavel. Os adolescentes, boas maritacas que são, fazem festa, barulho, se agrupam e deixam um rastro onde passam. Até encontrarem seu momento sabiá, de cantar silenciosamente contemplando aquela magia que os pequeninos (e alguns seniores, conforme já testemunhei) entendem na primeira olhada.

Sempre gostei desse "trabalho" e o exerci com grande alegria durante alguns anos, nas minhas férias. Assim como outros colegas, fomos treinados, com bastante detalhamento, lidamos com vários tipos de situação - das mais engraçadas as mais bizarras, e foi o tempo em que recebi os abraços mais "pesados" da minha vida: o dos pais, na despedida no aeroporto. Eu viajava com 2 toneladas a mais, e como não tenho filhos, não posso imaginar como é difícil pro pai e pra mãe que, querendo realizar um sonho do filho, o deixa na mão de completos estranhos.

Tenho acompanhado as notícias sobre a morte da Jacqueline com grande apreensão pois já imagino para quem vai ficar a conta desta tragédia... e tudo bem que talvez a guia, a agência, o hospital e até a companhia aérea poderiam ter agido de forma diferente. Mas e o resto dos personagens desta história? Fizeram tudo como deveriam?

Por exemplo: meninas de 15 anos falam. E as vezes falam, não o que realmente estão pensando ou sentindo, mas o que elas acham que devem falar. Tenho muitos pensamentos suspeitos a respeito das amigas de Jacqueline que, agora, estão falando pelos cotovelos que tudo foi feito errado, que tudo foi uma droga, que tudo poderia ser evitado... não entendo como deixaram a amiga que tanto amam, sofrer tudo o que elas agora dizem que Jacqueline sofreu.

Tenho minhas dúvidas também com relação a própria Jacqueline que foi internada e não disse nada aos pais. Que estava se sentido mal o tempo todo e saía para todos os parques... será que esta atitude não levou a todo mundo entender que ela estava bem? Até onde sei, nenhuma agência arrasta forçado para parque quem está se sentindo mal. Fora as razões óbvias, também por uma razão de logistíca: isso atrasa o grupo. Desculpe a frieza, mas é verdade. Disney em julho é tough business, e tudo é cronometrado, em tempo certo...

E os pais? Filhos não viajam sem autorização expressa dos pais que passam, naquele período, a tomada de decisão no que diz respeito a seus filhos a outros maiores de idade.

Enfim, para mim, isso foi uma trágica fatalidade. Uma sequência de pequenos erros que levou a uma terrível morte. É uma jovem chama que se apaga. E por mais que seja difícil entender, as vezes a única culpada é a brisa leve que passou...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O princípio do BFF...


Quando eu mudei de escola na infância, logo me aproximei naturalmente de uma menina que tinha um estojo daqueles de botões: você apertava um botão e lá estava o cantinho da borracha. Apertava outro e emergia o apontador. Apertava outro e a rebimboca se transformava em um guarda-lápis de dois andares! Coisa fantasticamente paraguaia, daquelas que saltavam aos olhos de todas as meninas de 11 anos.


A dona do estojo, bem, essa eu não sei o que viu em mim. E a esta altura, nem quero saber. Só sei que nos tornamos muito amigas.


Algum tempo depois descobrimos que éramos vizinhas de bairro, não daqueles que fazem travessias para chegar na casa da outra, mas vizinhas de rua, quase de casas! E eu lembro do meu estado de graça com a tal descoberta pois não era um bairro típico dos alunos daquela escola, muito pelo contrário: era afastado. E lembro bem que só nós duas morávamos ali...


Bom, com isso nos tornamos ainda mais amigas. Vivíamos na casa uma da outra, mesmo nossas aulas sendo em período integral. Éramos inseparáveis.


Algum tempo depois descobrimos outro detalhe: minha mãe é formada em enfermagem e a mãe dela também. Uau! Que coisa! Mas não era só isso - avançando na questão, entendemos que a mãe E o pai da minha amiga haviam sido professores da minha mãe na faculdade!


Mas não é só isso.


Casei com um paulista, de onde toda a família dela é, e onde ela mora atualmente. Ela sem nem conhecê-lo anteriormente, acabou sendo uma das pivôs da história já que um dos catalizadores do nosso relacionamento foi exatamente uma das minhas idas a SP para visita-la.


Dentre outras muitas coisas, minha paixão por animais vem dela. Meu inglês passou de maineimeis... pro avançado por causa dela. Aprendi a pensar diversamente e ver o mundo sob uma outra ótica por nossa convivência.


Acredito que vamos continuar nos influenciando profundamente e mesmo não morando mais na mesma rua, ainda teremos muitas "coincidências" pela frente...


PS.: Para quem não tem 15 anos, "BFF" significa "Best Friends Forever". Isso pode parecer moderninho e tal, mas quando éramos zigotos, a Tathy me deu um chaveirinho que metade ficava comigo e metade ficava com ela exatamente com esses dizeres...


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Menos advogada, impossível


Hoje, 11 de agosto, é Dia dos Advogados.


Dizem que somos os guardiões da Justiça, que exercemos uma função de importância pública, de dignificação de valores essenciais, e muitos outros adjetivos que quero esclarecer: não se enquadram a minha pessoa.


Hoje, Dia dos Advogados, tive a maior e mais clara comprovação da minha impotência como guardiã dos meus próprios interesses pessoais. Vá dizer, dos públicos.

Como o caso também diz respeito aos interesses públicos, vou esclarecer.


Em 13 de maio, mandei fazer alguns móveis para o apartamento da minha vó na empresa Closet Line. Paguei a vista. A data final de entrega era 10 de julho. Como os tais móveis não foram entregues nem 10, nem 11, nem 12, nem nada de julho, resolvi botar a "banca advocatícia" pra funcionar, já que as discussões telefônicas por si só não estavam resolvendo. Baixei como um santo na loja, e gastei algum juridiquês pra ver se a coisa andava. Ameacei entrar com ação, Procon, e o escambau. E nova promessa de entrega foi estabelecida. Obviamente, o prazo foi novamente postergado e o resultado é que hoje, Dia do Advogado, meus móveis ainda não foram finalizados: parte foi entregue na última semana e meia passada, mas ainda falta um móvel completo e as portas e acabamento de todos os outros móveis - que são muitos.


Indignada, finalmente achei que devia ir ao Procon. Muitos podem questionar por que não fui antes. E explico dizendo que muitos me consolaram dizendo que "marcineiro é assim mesmo".


Chegando no Procon tive a bela notícia de que não estão mais abrindo processos contra a Closet Line, pois trata-se de empresa com tantos processos junto ao Procon, que o melhor seria eu entrar com uma ação judicial, diretamente. Então, ainda estupefata, perguntei o que o Procon estava fazendo a respeito disso - algo como uma nota pública, uma restrição da empresa, ou qualquer coisa que fariam com um consumidor com mau crédito (Serasa, multas diárias altíssimas, etc). E os atendentes me responderam que, em resumo, nada. Existe um relatório publicado anualmente e que sai nos jornais, mas no momento o que eles podiam fazer era... ahn, então... nada.


E ainda alertaram gentilmente, que o prazo de marcação de audiência nos Juizados Especias Cíveis de Vitória é de 06 meses. Se não houver acordo, e consequentemente, redesignação de audiência, 01 ano.


Infelizmente, meu sentimento hoje é de total incompetência e incapacidade: como advogada, como consumidora e como cidadã.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cegos que, vendo, não vêem


Fui surpreendida este fim de semana pela reforma de uma das estradas mais utilizadas no Espírito Santo, que leva a um dos destinos turísticos mais procurados pelos capixabas: Pedra Azul. A estrada continua só com uma pista, mão e contramão, mil curvas e poucos trechos de ultrapassagem. Entretanto, pelo menos o asfalto foi reformado, o que dá um certo alívio.

Como tudo não são flores, na volta de nosso passeio, um caminhão caiu ribanceira abaixo. E apesar de não termos visto o acidente, vimos a carga espalhada em mais ou menos 1km de barranco, indo parar numa plantação de bananas. Aquele trânsito bizarro, os eXXXpertos cortando pelo acostamento, e muitos curiosos parando seus carros para tirar fotos e... saquear a carga! Eram roupas de cama, edredons, e outros aparatos para o quarto e as pessoas saindo com caixas e peças caindo no acostamento, apressando de volta para seus carros, e sorrisos de quem havia ganhado o dia.

Fiquei indignada com o ato em si, que me lembrou muito uma cena do "Ensaio sobre a cegueira" de Saramago, onde num certo ponto, as pessoas são vistas como animais de esgoto. Não que eu tenha pensado isso das pessoas que estavam furtando a carga - sim, furto, crime previsto pelo nosso Código Penal.

Mas certamente pensei isso dos policiais sorridentes que enchiam os porta-malas dos dois carros da Polícia Federal Rodoviária de edredons, travesseiros e afins.

domingo, 9 de agosto de 2009

Overture



Eu gostaria de uma entrada triunfal para este blog.

Gostaria de tambores e clarins ecoando dramaticamente a triunfal chegada de mais um desses microrganismos da comunicação universal.

Queria platéia amontoada em todos os espaços disponíveis (ou não) justo para a ocasião.

Adoraria o grandioso abrir de portas e levantar de olhos das princesas imaculadas em sua apresentação para a corte.

Queria algo miraculoso, tal qual a primeira aparição da Rosa para o Pequeno Príncipe:

"Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada..."

E seu incontido encantamento:

"Como és bonita!"


Porém, e talvez felizmente, esse não é o meu primeiro blog. E assim como a Rosa sabe de sua falsa modéstia, eu sei das minhas más intenções rumo ao processo de conquista do leitor... Não conto com os soberanos e sedutores levantar de olhos das princesas. Nem com os clarins. Não tenho nenhum fundo musical na verdade. Só a silenciosa abertura imaginária soando em minha cabeça... e nada como o som do silêncio.


Por isso trata-se agora de compartilhar pensamentos e idéias, experiências e aventuras, sucessos e desacertos, que (espero) tenham mais utilidade ao outro do que a minha própria egolatria.


E deixemos assim a abertura, esse silencioso mas imprescindível, capítulo em branco.