quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

I heart VERMONT


Vermont é território familiar: quando queremos passar um friozinho, é pra la que vamos... O clima, a comida, o território... tudo é bem gostoso, nas montanhas... 


Mas o interessante mesmo é a visão que as pessoas do resto dos EUA tem de Vermont: um estado “alternativo” - casa de uma das marcas de sorvete mais famosas do país, sem Walmarts ou outdoors, e bem liberal.



Pra chegar la, é facil. O aeroporto de Burlington é servido de vôos de varias partes do país, incluindo um vôo direto de Orlando; e recentemente “decobri” um outro caminho via Boston que super recomendo (e o aeroporto de Boston dispensa introduções, ja que é um dos principais aeroportos dos EUA).





É por la que esquio, e foi por la também que que aprendi snowboard (aprender é um termo relativo).



A neve é bem leve e solta, como um pó, e em Jay Peak especificamente, a qualidade (e a própria neve) é constante do final de novembro a meados de fevereiro.



A area de Jay fica super próxima ao Canada, então num dia de descanso (que acredite, voce vai precisar), dá pra ir a cidades fronteiriças no Canada, como Lac Massawippi ou até mesmo um bate e volta a Montreal.



Umas semanas atras, enquanto por la – pela primeira vez sem planejamento de esquiar -, segui um roteiro de vinhos e cervejarias que é a “desculpa” ideal pra quem não quer se aventurar nas montanhas... Eles tem muitas cervejarias artesanais, algumas bem conhecidas no país, como a Magic Hat, e outras super locais mas cheias de charme, como a Fiddlehead Brewery.



Ja os vinhos, em sua maioria, são feitos a partir de uvas híbridas, desenvolvidas especificamente pra aguentar a temperatura (gelada) do estado.




Outra coisa bacana é visitar as fazendas e cooperativas. Vermont é considerado um estado rural, e por la eles tem bastante MAPLE, que faz o syrup que usamos nas panquecas daqui, bem como queijos, frutas, legumes e vegetais (e as deliciosas compotas e geléias). Burlington tem um farmer’s market, mesmo no inverno, onde além dos produtos agrícolas, eles vendem comidas típicas, como pretzels e licores.












Agora, o bom mesmo, são os preços: por não terem estações de esqui tão famosas quanto Aspen e Vail, dá pra gastar menos, sem comprometer a qualidade. Claro que não dá pra esperar acomodações Ritz Carlton ou Four Seasons, mas eles tem excelentes opções de hotéis, com muito charme de “cidade” pequena. Recomendo!


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Musica Estrangeira – FRANCES E ALEMAO

Para encerrar a série, achei justo combinar dois idiomas que tem entrada praticamente vetada nas radios brasileiras: francês e alemão. Não sei porque, não entendo, mas é a realidade que se apresenta.


Eu não tive muito contato com a música alemã na vida, foi só ópera e música clássica. Até porque, cantado, pode parecer estranho aos nossos ouvidos... Por isso, peço encarecidamente a paciência de vcs para ouvir pelo menos uma banda, minha favorita... De um minuto da sua vida pra música abaixo:


Essa banda se chama SEEED, eles gravam também algumas versões (e covers) em inglês:


E alguns mix entre alemão e inglês:

(Sim, Cee Lo Green canta com eles)


Ja em francês, tem a Edith Piaf, que eu sempre achei sensacional, e vou fazer uma exceção aqui a Celine Dion – que sim, eu gosto, é meio brega eu sei – mas vou falar de outros artistas francofônicos, talvez menos conhecidos no Brasil...

Carla Bruni
A mulher do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, além de ser linda, arrasa. Algumas pessoas talvez a conheçam da trilha sonora de Amelie Poulain (e a incrível La Noyee), mas essa aqui é uma das minhas favoritas:


Gostou? Escute também Le plus beau du quartier e J’Arrive a toi

Camille

Essa é a francesa com ar natureba, pé descalço, super cool & fresh, exatamente como imagino os franceses de hoje em dia com os quais gostaria de ser amiga... Entenderam? Escutem aí:


Gostou? Escute também Pour que l'amour me quitte e Ta Douleur

Stromae

Esse cara é belga, e simplesmente fora do comum: as músicas dele sempre tocam nas baladas, inclusive aqui nos Estados Unidos... Ele é MUITO bom e eu não sei se é porque eu ouvi demais, mas tenho a impressão que ele sim talvez tenha chegado ao Brasil:


Gostou? Escute também Tous Les Mêmes e Papaoutai

Indila
Mais uma francesa, que canta um tipo de R&B e um estilo parecido com o Stromae... Acho que ela faz musicas mais “relacionaveis” e faceis de ouvir, com qualquer humor:


Gostou? Escute também Tourner Dans Le Vide e S.O.S


Preciso fazer menção honrosa a Madeleine Peyroux, que não é francesa mas canta em francês - e acho que ela tb é mais popular no Brasil:
Essa musica nao é dela... é da década de 30, mas poderia ser dela né?

Espero ter feito meu papel de difundir essas linguas via musica, que é, na minha opiniao, a porta de entrada para outras culturas (depois das comidas e bebidas alcoolicas, claro...) Cheers!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Musica estrangeira - ESPANHOL

Espanhol é uma lingua que me acompanha ha mais de 20 anos (glup!) – e eu adoro! Aprender espanhol foi uma reveleção, ja que eu achava que era SUPER parecido com o português, e quanto mais estudava, mais percebia as diferenças, umas sutis, outras, nem tanto.

Eu poderia falar de flamenco, mas o assunto nao eh bem esse...

Além da cultura fascinante e de facil acesso pra nós brasileiros, cercados de hispanófonos no nosso continente, fora da América do Sul encontramos espanhol falando (e cantado) de várias formas, com influências culturais fascinantes.

Eu tambem poderia falar do tango e das milongas, mas o esse eh um assunto looooongo... vou cozinhar um post sobre isso...

Meus primeiros contatos foram com musicas espanholas da Espanha mesmo: minha avó achava o Julio Iglesias um gato, e a gente sempre escutava umas musicas dele:

(no judgement, please)

Mas nao podemos JAMAIS esquecer que todas as meninas brasileiras se APAIXONARAM pelo espanhol com esses rapazes (que cantavam em portunhol, mas ta SUPER valendo):

(Never. Forget.)

Os anos se passaram, vieram as primeiras aulas de espanhol com musica, e com o sucesso nas novelas globais, conheci o também espanhol, Alejandro Sanz:


Por acaso, na época de escola, a colombiana Shakira estourou no planeta, e foi meu primeiro contato com a musica colombiana (eu ainda ADORO ela):

(das antigas)




(das um pouco mais novas - E olha so! Com o Alejando Sanz... :)

Nas aulas de espanhol, tambem fui apresentada aos mexicanos do Maná:

(das antigas - e favoritas!)

(falando de favoritas...)


Os “vôos independentes” vieram mais tarde... Como boa brasileira que viveu a juventude entre os anos 80 e 90, eu adorava Os Paralamas do Sucesso. No disco “Nove Luas” eles tinham uma música meio rebelde chamada “Musica Ligeira”:




O Capital Inicial regravou essa mesma musica com o nome “A Sua Maneira”:


Mas nada ganha da versão original dos argentinos do Soda Estereo, “donos” de verdade da musica:



E foi assim que comecei a pesquisar por conta própria mais bandas e musicas em espanhol... No caminho descobri outros ritmos, como Calle 13:


Bebe:


Juanes:



Numa revisita aos Titãs e Paralamas, lembrei do Fito Paez, que gravou com ambos, mas que é um mago do rock latino:



E até aqui nos “states” tem bandas legais que cantam em espanhol, como Bacilos:


Tem muitos outros, muito bons... Eu gostaria tanto que eles tocassem mais nas “paradas de sucesso” das radios brasileiras... Acho que seria uma troca justa de culturas, ritmos e influências... Por exemplo, Jarabe de Palo, que nao toca nas radinhos brasileiras, mas que simplesmente me transporta para outro planeta com as musicas MARA e arranjos ainda mais legais...

(eu tive o privelegio de assisti-los ao vivo...)


(e em homenagem aos shows ao vivo, uma versao acustica...)


Como terminei o post sobre musicas italianas com brasileiros cantando em italiano, vou terminar esse com uma americana (do Bronx!) cantando em espanhol:


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Musica estrangeira - ITALIANO

Uma das melhores partes de morar fora do seu país de origem, é ter acesso a cultura, normalmente, diversa da sua. Pessoalmente, isso se reflete muito claramente em 2 aspectos da minha vida: comida e musica.



Como comida é um tópico mais corriqueiro, resolvi falar de musica, que pode parecer óbvio, mas que pelo menos para mim, as descobertas que fiz não foram tão óbvias assim...


Esse vai ser mais um daqueles posts divididos, porque eu tenho uma certa “carga” pra compartilhar... Comecemos então, com a minha, a sua, a nossa... ITALIA!!!



(Pode cantar mentalmente... VOLARE... Oh-Oh... CANTARE... Oh-Oh-Oh-Oh...)

E se após cantar esse pedacinho de “Nel blu dipinto di blu” (sim, esse é o nome da musica...), te veio a cabeça coisas como O Sole Mio, Funiculi-Funicula, Sapore di Mare... parabéns! A musica italiana pra vc nasceu, viveu e morreu nos anos 70!

A culpa eh dele!
Ok, sem críticas, porque antes de morar na Italia, eu também só conhecia isso... e a “maledetta”. Maledetta era como minha professora de italiano chamava a Laura Pausini.
A culpa tb eh dela!

Muito bem, se tirarmos as operas, as musicas dos anos 70, e a Laura Pausini... o que sobra???


GENTE! Sobra muita coisa boa! Nao vou explicar em detalhes... Porque as descobertas que fiz enquanto estava por la, vao do brega (“primos” da Laura Pausini, que eu gosto sim, canto sim, e tenho dito!), até o rockzinho mais agitadinho... E se o Toquinho aprova, quem sou eu pra desaprovar??? ENJOY!!!


Banda: Zero Assoluto
Musica: Semplicemente
Gostou? Escute tambem Svegliarsi la Mattina, Sei Parte di Me

Banda: Negramaro
Musica: Mentre tutto scorre
Gostou? Escute tambem Nuvole e Lenzuola e a versao deles de um classico, Meraviglioso


Banda: Jovanotti
Musica: Mi fido di te
Gostou? Escute tambem Bella e A te


Banda: Elisa
Musica: Eppure sentire (Un senso di te)
Gostou? Escute tambem Qualcosa che non c'e e Gli ostacoli del cuore

Banda: Tiziano Ferro
Musica: Ti scattero una foto
Gostou? Escute tambem No me lo so spiegare (com a Laura Pausini!) e Perdono. BONUS TRACK: Imbranato e Sere Nere sao dele tambem... E essas estao ali, bem no nivel Laura Pausini...

E se vcs estiverem de bobeira por ai, escutem o album completo do Vinicius, Toquinho e Ornella Vanoni... Abaixo, uma palinha... So pra sentir a magica...


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Das tradições americanas: Halloween

Dando continuação a minha animação pelo outono ter chegado, com ele chega mais uma tradição americana que eu mega-curto: o halloween!



O nome vem de “All Hallows’ Eve” ou “Noite de Todos os Santos”, e é uma versão “cristianizada” das festas da colheita, típicas da cultura celta.



Dizem que as pessoas se fantasiavam desde antigamente para que não fossem identificadas pelos espíritos do mal, que estariam a solta nessa noite...

M-E-D-O


Eu nunca tive a emoção de me fantasiar enquanto criança E ganhar doce: era fantasia no carnaval e doce em Cosme e Damião...

Essa roupitcha de Xuxa com o brinco de pe de coelho... quem nunca?

Fantasia de india feita com saco de estopa? PODJE!

E esse modelito exclusivo das aureas epocas de Exercito do papai???


A única coisa que me recuso a fazer durante o Halloween, é ir para a casas mal-assombradas, ou esses enventos tipo Halloween Horror Nights da Universal Studios... tenho pânico! PÂNICO!


Nope!

Agora, depois de velha, curto MUITO o Halloween... E ainda "arrasto" quem estiver comigo...

Fantasia de 2 anos atras...


Quando levamos vovo "semi-viva" conosco... (ela fez a ALEGRIA da criancada!)



  
Reaproveitamento de peruca ano passado...

E uma previa desse ano... Depois do Halloween, posto mais fotos ;)

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Whiskey Rock-a-Roller

Uns meses atrás, um novo bar abriu em Orlando, dedicado (não exclusivamente) a whiskey e hamburguers. Fica numa área que adoro, conhecida como “Restaurant Row”, e o nome não podia ser mais apropriado: THE WHISKEY:






Eu não sou uma super conhecedora de whiskey, mas curto... Especialmente, Jameson, um whiskey irlandês com um sabor suave e um aroma bem floral (acho que daí que as pessoas falam que vem o cheiro de perfume):



Comecei a tomar com meu pai, nos idos dos anos 90, celebrando aniversários e formaturas... No Brasil, se tomava bastante Johnny Walker Black (não sei se a “tradição” continua), mas foi o primeiro que expirimentei. Não foi amor a primeira vista, achei o sabor muito “temperado”, mas fiquei interessada. Na sequência, comecei a vir mais para os EUA, e foi então que me “conectei” com o Jack Daniels, que também tem umas especiarias, mas achei mais doce e suave...

Quem nunca?






Foi no começo de 2015 porém que tive um “encontro de almas” – quando experimentei pela primeira vez  um Macallan, um single malt escocês espetacular – super equilibrado e com sabores de frutas secas que, na minha humilde opinião, combinam demais com o espírito dessa bebida...



Bom, foi aí que a curiosidade falou mais alto, e fomos explorar o tal do barzinho novo que falei acima... E foi o máximo! De cara, ja dei a letra pro bartender “vim aqui aprender”. E gente, sério mesmo, pelo menos uma vez na vida, conversem com um bartender que sabe das coisas... Dá gosto ouvir a pessoa falar de uma coisa que primeiro, ela sabe, e segundo, lhe é obviamente prazerosa. Foi só falar as palavras mágicas “ENLIGHTEN ME, PLEASE” e voila! Na minha frente, um flight de destilados, dentre eles rye, scotch, whiskey, bourbon, todos com uma breve explicação sobre o palato e história:



Meu preferido foi o Angel’s Envy, um rye (!!!) – e eu nem sabia que gostava de rye. Infelizmente, ele quebra a banca, então nós investimos nas garrafas de outros favoritos: o Sam Houston e o Aberfeldy. O primeiro, um whiskey americano – mais especificamente do Kentucky, - que parece mais um bourbon que um whiskey... Foi a partir dele que me senti mais comfortável de tomar essas bebidas sem gelo: os sabores e aromas são tão deliciosos (baunilha e doce de leite... que tal?), que o gelo se tornou dispensável. A garrafa se foi em uma semana!



Ja o Aberfeldy tem um sabor mais de mel, especiarias, puxa bem pra single malt mesmo – e por ser escocês tem um quê de tradição, uma coisa a mais, que eu só sinto quando tomo um Bordeaux ou uma cachaça bem autêntica lol

E gente, pra finalizar, meu toque de mulherzinha: além de ser uma bebida que eu considero elegante, o glassware de destilados é o máximo! Em casa, temos  essa coleção da linha casa da Ralph Lauren:


Mas também tem essa, da Riedel (mais conhecida pelas taças de vinho, mas whiskey? Por que nao?):



 E esses Baccarat:

Ou seja: não faltam motivos pra colocar mais um tipo de alcool na lista: dos sabores deliciosos, à aprender um pouquinho mais sobre a bebida em si, e claro, às compras... tudo é motivo de brinde! 

Ah, e claro! E a trilha sonora, so poderia ser a musica titulo desse post: com voces, Lynyrd Skynyrd!