quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dodói


Ontem eu tive que ir ao hospital. Estou bem, nada demais. Mas na hora estava com uma dor muito forte, e eu já tive apendicite então aprendi a não take essas dorzinhas for granted.

E eu queria narrar em detalhes como é o hospital aqui sem sound creepy, então novamente: estou bem.

Mas quando cheguei, fomos pra Emergência, passamos por um detector de metais, e fui para a fila da triagem. Não tinha fila, então uma enfermeira me perguntou o que eu tinha, pediu uma identidade, e pediu para eu me sentar.

Em 2 minutos outros "pacientes" chegaram, mesmo procedimento: detector de metais, triagem, e sala de espera. Em 5 minutos que estávamos lá, me chamaram para uma sala de triagem (não mais fila de triagem). La uma auxiliar de enfermagem checou meu peso, pressão e temperatura. Depois um enfermeiro me perguntou sobre sintomas, nível de dor alergias, etc. Na sequência, a auxiliar de enfermagem voltou e me encaminhou para um quarto.

No quarto me pediram pra colocar uma daquelas camisolinhas de hospital (ugh!) e aguardar. Alguns minutos depois, um segundo enfermeiro me pediu um exame de urina. Na sequência, conheci o médico pela primeira vez. Ele me perguntou sobre a dor e fez exames rápidos (aperta ali, respira fundo, etc).

Alguns outros minutos e uma outra auxiliar de enfermagem veio colocar um IV (minha mãe chama isso de "pegar uma veia", rs), e eu quase desmaiei (quem me conhece sabe o pânico que tenho dessas coisas). Me deram remédio para dor - ó-te-mo. E então o médico voltou explicando todos os exames que ainda iria fazer, o que ele achava etc e tal.

Depois disso uma outra pessoa apareceu, para que eu assinasse uns papéis, em especial a autorização para tratamento, e obviamente, a conta. Eles coletam uma forma de pagamento e te perguntam sobre seguro. Eu tenho seguro então eu sabia que só teria que pagar o meu percentual (que na verdade é um valor fixo). O resto, o seguro pagaria.

Fiz os exames, e em um tempo de provavelmente 3 horas, estava diagnosticada, tomando a primeira dose de antibiótico na veia, e pronta pra ir pra casa.

Essa experiência fica para aprendizados e dicas:

1) Se procurar um hospital aqui, prepare-se para ficar pelo menos umas duas horas. Não interessa se dor de cabeça, ataque cardíaco, partes do corpo quebradas: vão te checar dos pés a cabeça. Eu acho isso ótimo.

2) Prepare-se para a conta. Nesta brincadeira, eu teria pago (sem seguro) uns $2,000.00USD. Isso é coberto pelos seguros de viagem na maior parte dos casos, e quem tem seguro aqui, paga só o tal percentual. Mas dois mil é quase que um mínimo para uma visita de emergência.

3)...e por isso que o pessoal daqui reclama do sistema de saúde. Não porque não é eficaz, mas porque não é barato. Obviamente, se vc não tem como pagar, vc pode "pendurar" a conta, ou declarar que não pode pagar. Mas isso suja o nome, coloca o seu crédito lá embaixo, além de ter uma dor de cabeça por uns belos 10 anos (que é quando eles "limpam" a dívida...)

4) Aquelas cenas de filme que o herói tira a IV do braço e sai correndo para salvar o mundo: MENTIRA!!!! Dói muito! Duvido que eles fariam isso na vida real :P

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Who pulls the strings?


Ontem a noite, depois de mto postergar, assistimos The Adjustment Bureau.

Eu sou romantica, ma non troppo... Gosto de uma historinha agua com açucar, curto ver os mocinhos prevalecerem contra o mal, mas não sou a primeira a correr pra fila do cinema quando sai um filme do gênero... mas tinha expectaticas com relação a esse filme porque ouvi ótimos comentários.

Na hora, não achei o filme super incrível, até dormi uns pedacinhos (estava bem cansada), mas o efeito real veio depois... Hoje passei o dia todo refletindo sobre quem decide mesmo o nosso destino... Sobre aqueles momentos que a gente "take for granted" de decisões, que podem até não parecer tão importantes mas que são...

Num momento do filme um dos "adjusters" consulta seu "gps" e vê que o rumo das coisas mudará drasticamente se o casal herói do filme se beijar...

E isso me fez pensar várias vezes quanto mudou na minha vida "aquele" beijo... E se não tivesse sido? E se tivesse sido mais tarde, mais cedo... Será que tudo ainda estaria no mesmo lugar? O que nos faz decidir em fazer certas coisas uma hora e não outra? Coisas que faríamos do mesmo jeito (ou não faríamos jamais)... e de repente, por razões quase que incríveis (no sentindo increÍvel da palavra) mudamos completamente de idéia, e completamente de vida.

Então hoje assistindo "the voice" de ontem (que perdi já que estava assistindo ao filme) ouvi a música nova do Cee lo Green (Bright Lights Big City) em uma das partes diz: You can’t say what you won’t do cause you know you just might

E é isso né?!

domingo, 12 de junho de 2011

Cabo

Acabamos de chegar de um final de semana m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o em Fort Lauderdale... mas não sei porque cargas d'água me veio à cabeça Cabo San Lucas... acho que falei mto de Cabo recentemente, e achei que esse momento "verão taí" (ou melhor, tá aqui...) seria um bom momento pra falar do lugar...

Con e eu passamos apenas um dia por lá, via cruzeiro, então tivemos que fazer um tour "aproveite o máximo". E assim fizemos...

Cabo San Lucas fica na pontinha da peninsula da Baja California e é um paraíso. Pra quem gosta de mergulhar, pra quem gosta de mordomia, pros românticos incuráveis, enfim, pra todos os gostos. É cantinho dos famosos e bacaninhas, mas tem espaço pra todo mundo... Nós chegamos de manhã bem cedinho e demos uma voltinha na cidade... se vc já andou por qualquer cidade praiana no México já aviso: não perca tempo. Não tem nada que não possa ser visto em Cozumel, Cancun, Puerto Vallarta...

Por outro lado, Cabo tem cenários incríveis, como o Arco:


E outras formações rochosas super bonitas como essa corujinha:



Detalhe: nós tiramos essas fotos da dica número um de passeio - barcos com fundo de vidro. Não interprete esses "barcos" ao pé da letra: são canoas semi-motorizadas, que te levam pra dar uma voltinha pela baía, e te deixa na Lover's beach. Claro, se vc não quiser, eles te devolvem são e salvos (quase sempre) no cais, mas a Lover's beach vale a pena. Eis uma foto:


Sim, a praia é só esse tantinho de areia atrás da gente, mas é o máximo! A água super-clarinha, e dá pra andar de um ponto a outro do Pacífico em 4 minutos!

Como disse, só se chega a essa praia com os barquinhos. E não pense que é só isso que eles tem de bom não: todos os barcos tem fundo de vidro, pra se ver os peixes:



E se vc der sorte e pegar um barqueiro bacana, além de narrar o tour e explicar as origens, fauna e flora da área, ele ainda te leva pra ver os leões marinhos:



Enfim, nosso dia em Cabo foi basicamente isso: passeio, praia e voltamos pra comer no navio... Porque pode parece coisa de gente enjoadinha, mas não se deve beber a água do México. E como muitas coisas (especialmente frutos do mar) são feitos com água... sei lá... como temos trauma de problemas estomacais em cruzeiros (veja aqui a história completa) é melhor evitar, não é mesmo?!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Comida pros olhos

Das minhas listas de livros, uma das minhas "leituras" preferidas são livros de receitas. Síndrome de gordinha? Talvez... mas o lance é que todas as vezes que abro um bom livro de receitas, sou transportada pra outro mundo, e quase não preciso comer o prato pra sentir tudo que ele representa...

Meu livros de receitas preferidos são:




Receitas clássicas do famoso hotel de NYC (agora espalhado por várias outras cidades). Quer comer umas comidinhas classudas? Taí uma excelente pedida! Fora as belas fotos e a parte histórica... o máximo!



Esse foi um dos primeiros livros de receita que realmente "li": foi aí que aprendi a entender as composições, e o sentido de cada coisa, além obviamente da apresentação. Tudo isso pq um dia papai chegou la em casa com a coleção completa dos livros de receita do SENAC (incluindo, Minas Gerais, Amazonas, Bahia, Sul, etc). Mas o do Espírito Santo é o meu preferido :)




Ainda não tentei fazer nenhuma receita desse livro mas sou apaixonada pela história dela. Pós filme então, ainda mais!




Pra aprender fazer um gelato italiano de verdade... vale a pena.





Ok. Julia Child pra quem quer Julia Child. E Dona Benta pra quem quer Dona Benta. Afinal que criatura no planeta terra recusaria bolinho de chuva? Por favor...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Das observações cotidianas...


O trânsito daqui dos EUA fazem as pessoas mais nojentas que no Brasil. Não sei se são as retas em excesso, ou porque todo mundo anda numa velocidade mais ou menos normal, além das estradas largas e excelentes. O fato é que a galera aqui tem talento pra nojeira.

Por exemplo é COSTUME LOCAL dirigir fazendo uma refeição composta. Entrada, prato principal, salada e sobremesa, com um copo de 1.5 litros de refrigerante. Sério? E eu sou obrigada a ver aquele monte de molho, caindo do canto da sua boca, na sua roupa, e na sua mão? O cidadão já chega no trabalho com perfume Burguer King... Talvez eu seja muito fresquinha porque não gosto nem de ir buscar pizza, ou qualquer outra comida em geral, sem que o carro esteja com os vidros bem abaixados e muito ar esteja entrando e saindo. E comer um snack enquanto dirige um aqui outro ali, ok, entendo. Mas fazer disso um habito, argh! Não gosto!

Isso fora os clássicos "catucos": nariz, orelha, e sabe-se lá o que mais... ECA!

E daí nascem os combos: falar ao celular ou enviar mensagens enquanto comem (!) e dirigem (!) e cutucam o nariz (!) a orelha (!) e ainda pior: olhar o resultado depois... ECAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!