terça-feira, 11 de agosto de 2009

Menos advogada, impossível


Hoje, 11 de agosto, é Dia dos Advogados.


Dizem que somos os guardiões da Justiça, que exercemos uma função de importância pública, de dignificação de valores essenciais, e muitos outros adjetivos que quero esclarecer: não se enquadram a minha pessoa.


Hoje, Dia dos Advogados, tive a maior e mais clara comprovação da minha impotência como guardiã dos meus próprios interesses pessoais. Vá dizer, dos públicos.

Como o caso também diz respeito aos interesses públicos, vou esclarecer.


Em 13 de maio, mandei fazer alguns móveis para o apartamento da minha vó na empresa Closet Line. Paguei a vista. A data final de entrega era 10 de julho. Como os tais móveis não foram entregues nem 10, nem 11, nem 12, nem nada de julho, resolvi botar a "banca advocatícia" pra funcionar, já que as discussões telefônicas por si só não estavam resolvendo. Baixei como um santo na loja, e gastei algum juridiquês pra ver se a coisa andava. Ameacei entrar com ação, Procon, e o escambau. E nova promessa de entrega foi estabelecida. Obviamente, o prazo foi novamente postergado e o resultado é que hoje, Dia do Advogado, meus móveis ainda não foram finalizados: parte foi entregue na última semana e meia passada, mas ainda falta um móvel completo e as portas e acabamento de todos os outros móveis - que são muitos.


Indignada, finalmente achei que devia ir ao Procon. Muitos podem questionar por que não fui antes. E explico dizendo que muitos me consolaram dizendo que "marcineiro é assim mesmo".


Chegando no Procon tive a bela notícia de que não estão mais abrindo processos contra a Closet Line, pois trata-se de empresa com tantos processos junto ao Procon, que o melhor seria eu entrar com uma ação judicial, diretamente. Então, ainda estupefata, perguntei o que o Procon estava fazendo a respeito disso - algo como uma nota pública, uma restrição da empresa, ou qualquer coisa que fariam com um consumidor com mau crédito (Serasa, multas diárias altíssimas, etc). E os atendentes me responderam que, em resumo, nada. Existe um relatório publicado anualmente e que sai nos jornais, mas no momento o que eles podiam fazer era... ahn, então... nada.


E ainda alertaram gentilmente, que o prazo de marcação de audiência nos Juizados Especias Cíveis de Vitória é de 06 meses. Se não houver acordo, e consequentemente, redesignação de audiência, 01 ano.


Infelizmente, meu sentimento hoje é de total incompetência e incapacidade: como advogada, como consumidora e como cidadã.

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