terça-feira, 22 de setembro de 2009
Das alegrias cotidianas
Depois de estar em "casa" há quase um mês, posso dizer com certeza, que eu pertenço a esse lugar. Não se trata de uma wonderland, dreamland, neverland... é só "a land". Uma terra onde eu posso fazer coisas que eu não fiz nem no Brasil, nem na Itália. O prazer de sair de casa e deixar a porta destrancada é indescritível. A alegria de ir a um parque com minha cachorrinha e no parque encontrar sacolinhas públicas para o coco, idem. Mas bom mesmo é ter um, digamos, problema.
Fui comprar um segundo criado-mudo, já que na casa antiga só tínhamos espaço para um, e na casa nova, temos para dois. Voltei a loja onde comprei todos os móveis do meu quarto, e lá estava o mesmo criado-mudo com o mesmo preço. Sorriso número 1. Comprei o móvel que eu mesma iria pegar dali a dois dias. Dois dias então, meu marido foi até a loja e buscou o móvel, dentro de uma caixa. Chegando em casa, e abrindo a caixa, percebemos que era o criado mudo errado. Não era tão errado, era da mesma coleção, mas com algumas pequenas diferenças. Ligamos para a loja e notificamos o erro. O vendedor nos pediu para levar o móvel até a loja para a troca, o que fizemos algumas horas depois. Em lá chegando, nos entregaram o móvel certo, e mil desculpas depois, nos deram um bônus de US$ 50.00 pelo erro.
Não é que nós pedimos isso. E o erro não foi assim tão grave - o móvel estava na caixa, alguém não viu, e enfim, entregaram a mercadoria errada.
Mas aqui as pessoas são honestas. Muito honestas. E corretas. E se erraram, admitem, e não só consertam, mas compensam o erro de alguma forma.
Para mim, isso é o ápice da civilidade.
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