terça-feira, 6 de outubro de 2009
Princesa em treinamento
Estou lendo um livro muito fútil e sem razão de ser, cujo título coincide com o título desse post (não é o da Meg Cabot). O livro, escrito por uma princesa de verdade, é um, ahn, treinamento para mulheres de todos os tipos e classes socias se tornarem princesas. Não por título e soberania, como a autora deixa bem claro, mas pelo simples fato de serem mulheres. Então ela dá dicas de comportamento social, como "estar em todas as inaugurações e festas badaladas" ou ainda "não perder as semanas de moda, convivendo com as pessoas da primeira fila, obviamente", ou ainda dicas de beleza e compras (nível Prada, Cartier, etc)...
Como a fulana é uma princesa de verdade (e eu já disse que ela frisa isso a cada 3 linhas???), além de dinheiro ela tem muita influência. Mesmo sendo de origem francesa, o rastro do poderio da família dela atravessa o globo com a mesma facilidade que eu atravesso do quarto pro banheiro. E então ela aparece em filmes e reconstrói versões de histórias por ela protagonizadas, tem "amigos" influentes...
Mas o mais interessante é a forma como ela descreve as coisas, como se fossem coisas ao alcance de tudo mundo: "vou fazer o esforço de voar classe econômica pelas minhas amigas menos favorecidas". !!!!!!!!!!!!!!! Do lugar de onde eu venho, o simples fato de voar, já é um enoooorme ponto a favor. Ou ainda: "uma tarde de indulgências só pode existir com massagens de pedras quentes e um mocha java"... Dá vontade de gritar: MINHA FILHA, CAFÉ É CAFÉ!!!
Ok, ok, eu sei que voar de primeira classe é realmente fabuloso e sem comparação, e massagem, até com caco de vidro é bom, mas isso é um livro para mortais e não para gente sem noção do valor do dinheiro!!!
E o mais interessante (!) é a consciência social (!!!) que ela possui: compra echarpes e otras cositas más de presente para a assistente dela (um diabo veste prada às inversas), e vai a todos os bailes de gala do Met (dentre outros) em prol de... algum lugar ou alguma gente bem pobre.
Enfim, é um manual de futilidades sob a perspectiva deslumbrada de uma patricinha de New York com um título real...
(e a má notícia é que eu estou a-do-ran-do o livro...
será patológico???
nós mulheres somos assim, princesinhas?
ou sou só eu mesma???)
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Eu conto, tu contas, ele conta...