Era uma vez
um menininho americano, que tinha 2 irmãos gêmeos mais velhos e uma irmã primogênita.
Aos 2 aninhos, esse menininho se referia a si mesmo como menina.
A-o-s-2-a-n-o-s. Os pais, espíritos muito avançados, entenderam a mensagem, e
iniciaram o que seria a transformação mais fundamental na vida dessa criança:
aceitar e cuidar de sua cabeça e corpinho transgênero. Apesar de algumas
dificuldades sociais, o apoio da família foi (e é) o marco dessa história.
Hoje, Jazz – a criança dessa história – tem 14 anos, em 2014 foi votada como
uma das adolescentes mais influentes pela Time Magazine, e será o novo rosto da
campanha publicitária dos produtos faciais da Clean & Clear (com o poderesoro
#SeeTheRealMe)
Para conhecer mais a história de Jazz, assista esse vídeo aqui |
Era uma vez
um menininho brasileiro, criado na Itália, filho de um famoso jogador de
futebol, também com irmãos e irmãs. Nos idos de 2008, esse menino, que sempre
teve dificuldade em entender quem era realmente, iniciou sua transformação que
culminou numa cirurgia de redesignação de gênero. Lea T. é hoje uma reconhecida
supermodel e a garota propaganda da marca Redken. Ela diz que normalmente gosta
de meninos, mas não exclui a possibilidade de se apaixonar por uma menina.
Para conhecer um pouco da história de Lea, clique aqui.
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Era uma vez
uma menininha americana que nasceu com um problema grave de surdez. Quando
completou 1 aninho, os pais fizeram com sucesso tratamentos e terapias, e ela
conseguiu aprender a ouvir e falar. Uma das primeiras frases que ela falou foi “eu
sou menino”. Hoje com 6 anos, vivendo como menino praticamente desde então,
Ryland Whittington e sua família enfrentam vários dilemas e preconceitos com
coragem e dignidade.
Veja aqui um lindo video sobre a história dele.
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As histórias acima são histórias de sucesso, e em duas delas, envolvendo
crianças muito novinhas. Não consigo imaginar quão difícil foi para os pais confiar
nos instintos que diziam que isso não era apenas uma fase, que a felicidade de
seus filhos iria depender disso, e que eles teriam que navegar por águas muito
turbulentas e desconhecidas para lidar com a situação como um todo: dentro de
casa, dentre familiares e amigos, nas escolas, e na vida pessoal das crianças,
que ainda não passaram pela puberdade e decisões muito difíceis hão de ser
tomadas...
Quis fazer esse post porque existem outras histórias, muitas histórias,
que são tristes e com finais trágicos, histórias cheias de violência física e
psicológica, histórias que culminam em suicídios... Ninguém merece viver assim
ou passar por isso... Especialmente por causa de desinformação e preconceito.
Eu não pretendo ser mãe, mas acho que essa é uma discussão que vai além da
maternidade – enquanto vivermos em sociedade, precisamos nos educar sobre todos
os assuntos, e aí sim com o devido conhecimento do tema, nos posicionar... Não aguento nenhum tipo de discussão burra e desmotivada, mas
acima de tudo, NÃO AGUENTO MAIS O PRECONCEITO.
Espero de coração que as pessoas entendam o que a história desses 3 indivíduos
corajosos representam na história da nossa sociedade moderna.
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Eu conto, tu contas, ele conta...