Vinhos americanos

Quando comecei a tomar vinho, nao tinha nocao do que estava fazendo: tomava como se fosse uma opcao alcoolica - hoje quero cerveja, amanha bebo vodka, depois de amanha, vinho.

Com o tempo, aprendi que cada bebida normalmente guarda muito mais coisas que sonha nossa va filosofia - existe realmente uma alma, uma qualificacao, alguma coisa a mais que as diferenciam em termos de existencia.

Depois da Italia, nao consegui mais abandonar os vinhos, e eles se tornaram nao so a minha bebida preferida mas tambem razao de varias nuances da minha vida: fiz aula de culinaria para harmonizacao, participei de degustacoes, e enfim, comprei e bebi muitos vinhos.

Aqui nos EUA achei que isso nao seria mais assim: com a vida acelerada e a base de fast food, pensei que ia perder o foco ou ate mesmo a vontade de continuar minha eno-aventura.

Ledo engano.

Nao so continuo cada vez mais envolvida com isso, como tambem vivo esse dia-a-dia: seja em funcao do marido (que resolveu que ao inves de bancario, iria ser gerente assistente numa loja de vinhos), seja em funcao dos vinhos dessa terra. Que delicia! Nunca conheci muito sobre os vinhos daqui e a cada descoberta, uma alegria: da California a Oregon, sao raros os vinhos que eu nao quero comprar de novo.

Pra quem nao conhece, e quer conhecer recomendo esses pra comecar:
- NXNW (cabernet sauvignon) de Washington,
- os Pinot Noir de Oregon,
- o Director's Cut do Coppola (cabernet sauvignon tb...) da California,
- Freemarck Abbey, viognier, tb da California.

E para tirar aquela coisa de "vinho tem que ser frances" da cabeca, assistam o Bottle Shock ou leiam sobre a degustacao as cegas de Paris em 1976...

Quem escolher o filme, aviso: o melodrama estraga o filme. Mas a historia do vinho eh real, entao vale a pena assitir...