Aqui nos EUA estão acontecendo
os debates dos candidatos à presidência de ambos partidos – e com isso, muita
controvérsia: dos Donald Trump da vida aos mistérios da Hillary Clinton. A mídia,
sempre ávida por notícias que criem manchetes populares mais do que noticiar o
que realmente importa, deita e rola com as asneiras que são faladas, usam e
abusam da opinião popular superficial, e focam pouco nas mentiras, algumas
vezes descaradas, que são ditas. Menos mal, que aqui temos um “fact check” que
algumas pessoas ainda se importam de ler...
De qualquer forma, comecei
falando sobre isso porque essa será a primeira eleição na qual,
voluntariamente, irei participar. Como cidadã americana eu tenho direito de
votar. Não sou obrigada a exercê-lo, mas se quiser, posso. (De cara uma diferença
entre DIREITO e DEVER, mas esse assunto fica pra outra hora).
Para me EDUCAR melhor, leio
bastante e assisto a TODOS esses debates. Acompanho no Twitter comentários de
analistas políticos (e de outras pessoas também), sobre o que está sendo falado.
Algumas coisas, de cara, sei que é discurso populista, blablabla,
conversa-pra-boi-dormir. Outras coisas, aprendo enquanto leio/assisto.
Meu foco aqui não é falar de
política, mas convidar todo mundo a um exercício que venho fazendo mais
abertamente com essas eleições: ESCUTAR.
Escute tudo, preste atenção.
Tente, especialmente, ouvir opiniões que vc discorde.
Acho que poucas coisas nos
convidam mais a reflexão do que atentamente escutar a opinião de alguém que
discordamos. Até porque, se só ouvirmos a opinião de pessoas que pensam como a
gente, não podemos, jamais, evoluir.
Por isso, assisto noticiários,
leio comentários, e falo com pessoas que clara e abertamente, discordam de mim.
Muitas vezes, eu não mudo de idéia: continuo achando o que eu sempre achava.
Algumas vezes, mudei de idéia. Zero vezes me arrependi.
No dia a dia, longe dos
debates políticos, leio todos os newsletters do Alex Castro, escritor que
conheci via blog há muitos anos, e acompanho desde então. Eu discordo de 80% do
que ele fala. Mas tenho um prazer enorme em lê-lo, primeiro, porque ele é um
puta escritor, segundo porque seus textos sempre me fazem refletir. Ou seja: o
objetivo não é ficar mudando de idéia, mas estar aberto a opinião alheia, e
como consequência, talvez, quem sabe, mudar de idéia.
Não estou falando isso pra que
as pessoas vejam quão elevada/evoluída como ser eu sou (não sou MESMO!). Mas é
uma tentativa de extender a todo mundo a maravilhosa oportunidade de descobrir
algo novo, uma opinião nova, dentro de um pensamento ou idéia que, antes de
ouvir o posicionamento alheio, não lhe ocorreria adota-la também como sua.
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Eu conto, tu contas, ele conta...