quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ano velho, vida nova - mudança 2



Seguindo a linha do "não deixe pra amanha o que vc pode fazer hoje", uma mudança que marcou esse ultimo quarto de 2016 foi uma mudança essencial, e super bem-vinda:


resolvi desistir


Eu, virginiana ao pé da letra, dessas perfeccionistas, que levam tudo a cabo, tudo ate o fim, resolvi desistir.


Comecei a deixar pra la umas coisas. Depois, larguei uns planos. Por fim, comecei a desistir de ideias. E de pessoas.


Recentemente, eu passei por um sustinho de saúde, e meu medico falou que, dentre outras coisas, a causa do problema era stress. Que eu precisava relaxar mais... E eu pensando: "mas eu ja trabalho de casa!" So que trabalho não é minha principal fonte de inquietação... E eu demorei pra entender isso... 



Eu tive que fazer uma buscar interior muito potente e ser muito honesta comigo mesma, pra entender o que me deixa realmente tensa, ansiosa, o que me tira o sono... Nem sempre são as coisas (ou pessoas) obvias. Nem sempre são fatos externos - as vezes é so a pressão interna, aquela que eu mesma me coloco, que causa essa pane no sistema.




E dai que pra aprender a desistir, é dureza... Dizer NAO quando vc, ate agora, so disse SIM, é tenso... Pra mudar de atitude, pra enxergar situações e pessoas de uma forma diferente, é difícil... Principalmente ME enxergar com esse novo posicionamento - ainda esta sendo difícil. E é um processo de conscientização: como estou acostumada a encarar tudo do mesmo jeito, ha anos, eu preciso focar no resultado que eu to realmente querendo pra poder ver com os meus novos olhos.



Uns anos atras, eu comecei um mestrado de psicologia aqui nos EUA. Depois do primeiro semestre, desisti. Não era bem o que eu esperava que fosse, não curti a faculdade, a metodologia, enfim, não rolou. Pra tomar essa decisão, foi dureza. Mas agora, considerando tudo que aconteceu na minha vida profissional depois dessa decisão, não me arrependo em nada de ter desistido. Os caminhos que eu trilhei pos-desistencia, não foram terríveis, muito pelo contrario: solidifiquei ainda mais a minha carreira, e estou bem posicionada no mercado - tenho zero reclamações.




Estou me baseando nesse caso de sucesso, ou melhor, nessa desistência de sucesso, pra olhar pra situações e pessoas, e friamente me questionar: 

vale a pena?

Se a resposta começar com "não" (não sei, não mesmo, não - de jeito nenhum, não agora, não amanha, não!), to largando de lado, deixando pra la, walking away...



Praticamente um mix de desapego com foco no meu próprio umbigo: afinal, esse é o único umbigo que tenho... 





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