terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Ano velho, vida nova - mudança 3



Primeiro de tudo:




E agora sim, retomando o assunto "mudanças-que-não- esperaram-2017-chegar-para-acontecer", vamos a uma das maiores revelações de 2016 que ocasionaram uma BIG change na minha vida, agora bem no finalzinho do ano: 


reduzir o consumo de álcool


Eu me sinto com uma super licença poética para beber: tenho um diploma na parede, que não é fácil de conseguir, me dizendo que ta liberado:





Porem... com o susto de saúde que tive uns meses atras, tive que parar total de beber por umas semanas, pra fazer exames, etc, etc, e foi assim que percebi o quanto eu normalmente bebia. Tipo, todo dia. Nos fins de semana, mais de uma vez ao dia.





Sem querer dar desculpa de bebum, eu não bebo pra ficar bêbada - eu aprecio TUDO que eu bebo. So pra sair da linha "eu bebo porque sou sommelier", porque essa é uma "desculpa" bem obvia, vou dar outros exemplos:


Exemplo 1: eu curto (muito) futebol americano. Assistir futebol comendo pizza e tomando cerveja (barata, sem nada especial, i.e.: Bud Light), é um ritual. "Ah mas essa cerveja é ruim, sem graça, aguada, etc". Concordo. Mas mesmo assim, faz parte do momento - o sabor dessa cerveja barata esta ligado ao ato de sentar no sofa, no barzinho, estar em familia, com amigos, e curtir o esporte. Ou seja: faz parte da experiência social.



Patriots e Yuengling!

Exemplo 2: eu gosto de explorar sabores. Eu sou curiosa e quero experimentar e conhecer não so bebidas, mas também comidas, que agucem meu paladar. Então se eu vou num restaurante tailandês e a cerveja a ser bebida com as comidas típicas deles é a Chang, eu vou experimentar a Chang. Se eu estou viajando e tem um destilaria no meu caminho fazendo: vodka, gin, moonshine ou qualquer outra coisa, advinha? Eu vou experimentar. Ou seja: faz parte da experiência cultural.



Flight de vinhos turcos que eu não vou achar facilmente em nenhum outro restaurante... Entende? 

Eu tenho outras razoes, até mais técnicas, pra justificar o fato de eu gostar - e querer - beber. Porem, eu acho que o problema esta ai: por que eu preciso justificar o quanto eu bebo?

Apesar de achar que nao, eu ja me vi, em varias situações, me sentindo mal por estar bebendo, e me senti na obrigação de soltar uma piadinha pra descontrair o ambiente e não ser questionada...





E essa conscientização bateu forte quando fui obrigada a parar de beber: acho que as pessoas ao meu redor nem perceberam que eu não estava bebendo - o que me fez pensar que o momento ou a experiência não estava sendo diferente pra ninguém, inclusive pra mim: estava me divertindo o tanto quanto quando bebo.



Alem disso, e no fim das contas, tudo em moderação é melhor. Logo, eu sou a primeira a reconhecer os exageros que fazia porque EU MESMA ME CONDENAVA.




E sendo assim, me senti compelida a reduzir o consumo de álcool e ver qual é... E sabe que esta sendo uma experiência interessante? No meu dia-a-dia, não muda muita coisa, mas eu acho que ajuda na dieta de maneira geral (bebidas alcoólicas tem MUITAS calorias!), rola uma economia (beber é um esporte caro!), e eu acabo sendo mais seletiva quando quero (realmente) beber alguma coisa...





Duvido que em algum momento da minha vida eu vá abdicar desse prazer - especialmente com relação ao vinho que, pra mim, vai alem da bebida - eu gosto de estudar, conhecer, degustar, pesquisar, escrever - viver - o vinho. Mas que estou me sentido melhor por ter me certificado desse controle, ah, isso sem duvida...






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